Equipa do DTS
Câmara: José Goris
Ajuda Técnica: Ana Bernardez e Carolina Hortsmann
Apresentaçao José Manuel Barbosa
Ajuda Técnica: Ana Bernardez e Carolina Hortsmann
Apresentaçao José Manuel Barbosa
Tenho teimado contra as mentiras históricas e contra a manipulação historiográfica; tenho querido desvendar para o leitor fiel mais de uma cousa, e de duas, que deixam a Galiza discriminada do conhecimento da sua própria realidade passada; tenho criticado o castelhanismo compulsivo do ensino no que diz respeito da História e da língua; tenho denunciado a debilidade daqueles que não consideram a Galiza dentro da Península Ibérica como ponto fulcral e decisivo na/da conformação política, territorial, social e cultural tanto da Espanha como de Portugal. Tenho trabalhado por todas essas cousas e por isso os meus afetos nunca vão estar da parte do Império Castelhano tornado em Reino da Espanha, não. Os meus afetos vão estar com o nosso País, com a nossa Pátria, com a nossa Nação galega.
Como isto é assim ainda que do céu venham centelhas nunca vou deixar de confrontar-me contra todo aquilo, humano, desumano ou inumano que atente contra as bases conformadoras da Galiza Eterna. Da Galiza que existia antes de Roma, nomeada de Kalláikia, Oestrímnia ou Ophiusa; da Galiza romana, sueva, medieval e hegemónica na Hespéria; da Galiza camponesa e marinheira da Idade Moderna; da Galiza anti-napoleónica de Cachamoinha; a Galiza provincialista e murguiniana; da Galiza galeguista, reintegracionista, celta e celtista e daquela que sonha com a sua soberania. É por isso que nunca vou deixar de evidenciar a maldade de qualquer governo madrileno, bruxelense ou compostelano que permita que aquilo que ficou do passado seja destruído, ocultado ou manipulado com o fim de obscurecer o nosso País, de negar-lhe personalidade para que perda a sua existência e o seu ser. Quem isso faça vai-nos ter a nós justo frontalmente, com a esferográfica preparada para jogar à esgrima das letras.
A desfeita está nos livros, nos média, no ensino. Entra pelos olhos, pelos ouvidos...mesmo pelo nariz quando cheira a queimado, quando sentimos calor no inverno e frio no verão, quando nos falam de amor à Galiza à vez que lhe cravam a faca nas costas...quando vemos uma anta estragada com adornos de arquitetos modernistas; quando identificam um castro com não sei que vínculos mediterrâneos à vez que o destruem para fazer um porto exterior sem antes ter sido estudado por arqueólogos responsáveis e livres de ataduras espúrias pagadas pelo poder político às ordens de fenícios mesetários, quando vemos uma igreja sueva que fazem passar por visigótica esquecida por todas as instituições e atendida só pela boa fé da gente do povo. Essa desfeita é como mínimo consentida quando não planificada maliciosamente por uma administração que não nos mata, mas que nos dá para que morramos, uma administração cujo sentido das cousas é tipicamente otomano ou atiliano.
Partindo dessa conceitualização das cousas, queremos apresentar um trabalho feito nos passados meses de Janeiro e Fevereiro onde queremos fazer público à vez que denunciamos os Sultães de Madrid e os seus Sátrapas compostelanos tanto laicos como curiais exercendo a mais subtil das limpezas. Esse tipo de limpezas que se passam desapercebidas porque não saem na TV mas que acabam igualmente com os povos. Se realmente ao Reino lhe parecesse importante ou de utilidade a nossa Igreja de Santa Comba de Bande (como importante é para ele a Dama de Elche, as Covas de Altamira ou os achados de Atapuerca...), este exemplo de capela pré-românica e mesmo paleocristã seria um modelo de cuidado, de atenção administrativa e de aproveitamento do património para qualquer finalidade positiva, mesmo para que o Estado ou a Junta da Galiza pudessem minimizar a crise na que nos meteram, pelo menos nessa comarca querquérnica, autêntico ônfalon do património artístico galaico.
Com tudo isto, só queremos lembrar duas cousas:
1- A Galiza tem mais património artístico dentro da CAG do que todo o resto do Reino junto, o qual poderia fornecer uns ingressos económicos que poderiam tirar da precariedade e da emigração a muitos galegos...e não só riqueza económica...e...
2- Um governo galego e uns interesses de Estado que permitem isso e que favorecem a eliminação da memória dos galegos, que permitem que museus como o de Ourense sejam “bunquers” onde nem se possa ver o seu interior por levar quase doze anos fechado merecem o nosso desrespeito e o nosso rechaço. Nós somos os donos do nosso património e a administração está ao nosso serviço, não ao invés. Nós somos os que sustentamos esses aparatos governamentais e nós somos os que podemos dar-lhes o seu merecido por se desviarem do seu cometido principal. Que emigrem eles! Que fiquem eles sem trabalho!....Porque? Porque nos querem mal!, e nós devemos querer-nos a nós próprios.
Eis:
Gravação e elaboração dos vídeos: José Goris
Colaboração Técnica: Ana Bernardez e Carolina Horstmann
Colaboração Técnica: Ana Bernardez e Carolina Horstmann
Declaração de Santa Comba de Bande Monumento Nacional:
“Ilmo. Sr.: Visto el expediente incoado sobre la declaración de Monumento nacional de la iglesia de Santa Comba o San Torcuato de Bande, en la provincia de Orense, y de conformidad con el dictamen emitido sobre dicho particular por las Reales Academias de Bellas Artes de San Fernando y de la Historia, S.M. el Rey (q.D.g.) ha tenido a bien resolver sea declarada la referida Iglesia Monumento nacional, quedando como tal Monumento bajo la tutela y protección del Estado y la inmediata custodia y vigilancia de la Comisión provincial de Monumentos de Orense. De Real orden lo digo a V.I., para su conocimiento y efectos. Dios guarde a V.I. muchos años. Madrid, 11 de agosto de 1921, publicada esta en el BOE. 16-08- 1921.”
1 comentário:
É realmente uma grande pena que se cometam tão hediondos atos de vandalismos contra tão valioso patrimônio cultural. Parabéns, Barbosa, pelo excelente trabalho.
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