Por José Manuel Barbosa
Em 7 de janeiro de 1950 morre Castelão. Faz hoje 63 anos da sua morte.
Finalizada a Guerra de 1936-39, vieram anos de escuridão,
tristeza, medo, repressão, falta de liberdade e mesmo de censura política exercida por todo o
Estado, incluída a Galiza.
Perante a morte de Castelão, o dia 7, a censura do regime
franquista em Espanha fez com que os jornais recebessem a seguinte consigna
enviada pela "Dirección General de Prensa" a todos os jornais
espanhóis o dia 8 de janeiro, uma vez que aconteceu o óbito do galeguista:
"Habiendo
fallecido en Buenos Aires el político republicano y separatista gallego Alfonso
Rodríguez Castelao se advierte lo siguiente:
La noticia de su
muerte se dará en páginas interiores y a una columna.
Caso de insertar
fotografía, esta no deberá ser de ningún acto político.
Se elogiarán
únicamente del fallecido sus características de humorista, literato y
caricaturista.
Se podrá destacar
su personalidad política, siempre y cuando se mencione que aquella fue errada y
que se espera de la misericordia de Dios el perdón de sus pecados.
De su actividad
literaria y artística no se hará mención alguna del libro “Sempre en Galiza” ni
de los álbumes de dibujos de la guerra civil.
Cualquier omisión
de estas instrucciones dará lugar al correspondiente expediente.".
A dia de hoje, os herdeiros dos que deram esta ordem entregam cada ano
as Medalhas de Galiza com o nome de Castelão.
Não há muito que acrescentar, só
que na Galiza de hoje achamos em falta uma figura da inteligência e da talha
política do rianjeiro. Se ele estivesse presente a dia de hoje, a Galiza seria
mais Galiza e seria menos dependente das linhas diretrizes absurdas,
inadequadas e agressivas que desde Madrid se indicam e se executam em detrimento do nosso País.
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