Por José Manuel Barbosa
A Galiza pertenceu sempre à área
cultural atlântica. Isso significa que a sua tradição
étnica tem a ver com os povos célticos, como vem de
demonstrar a ciência e como se pode ver nos seus costumes populares
tradicionais.
Já o nosso Vicente
Risco na década de 70 deixou um importante trabalho feito sobre as
festas tradicionais galegas, estudadas no seu ritual mas que pouco
estudaram outros galeguistas posteriores. O conhecimento da realidade
etnográfica, já for relacionado com a cultura material, imaterial,
festividades ou ritualismos é de grande importância para a filiação
e identificação duma entidade nacional como é a galega necessitada
de reconstrução e reconhecimento como matriz tanto do mundo céltico
como lusófono.
Para Vicente Risco as
festividades importantes da Galiza e consequentemente do Ourense
histórico, tanto citadino como regional, seriam as seguintes
(VVAA:1979)
- O Ciclo de Natal
- O Entroido
- A Quaresma
- A Semana Santa
- A festa dos Maios
- O Corpus Christi
- A festa do São João
- As festas das Paróquias
- O dia de defuntos
Do nosso ponto de vista
e seguindo uma ordenação vinculada ao mundo atlântico do qual
fazemos parte, começando portanto pelo início do ano céltico é
assim:
- Festividade dos Mortos (Magusto)-Sâmanos ou Sâmonis
- Ciclo do Natal ou Solstício de Inverno- Yule
- Carnaval, Entrudo-Ambiwolka
- Ciclo de Primavera-Ostara
- Os Maios-Beltónios
- Solstício de Verão-Litha
- Ciclo de Verão-Lugunástada
- Festa da Colheita-Mabon
Faremos um pequeno
repasse por cada uma delas.
- A Festividade dos Mortos:
Relacionamos esta festa
com o Sâmanos, Sâmonios ou Sâmonis, festividade céltica
relacionada com o culto aos mortos, que na Galiza se recolhe com o
nome popular e tradicional de Magusto, ainda que ultimamente tenha
sido adoptado o nome mal traduzido do gaélico irlandês de “Samain”
a toda esta temporada (1).
Esta celebração,
comum a todo o mundo celta, comemorava a abertura das portas do Além
(conhecido como Sidh em gaélico) fazendo que houvesse comunicação
entre os vivos e os mortos.
Em origem, as cabeças
cortadas ao inimigo eram esvaziadas e uma candeia posta no seu
interior para produzir medo àqueles caminhantes que se achegarem até
as proximidades da aldeia. Com o tempo e a cristianização passaram
a ser nabos em vez de cabeças e ultimamente o nabo deixou o seu
lugar a um cabaço fruto da influência cultural norte-americana,
denominando-se com o nome de Halloween. Esta tradição foi levada a
América pelos emigrantes irlandeses e trazida de volta por causa dos
média globais chefiados pelo mundo norte-americano. A festa
originária, na Galiza e em Portugal derivou no nosso Magusto e nas
Astúrias no Maguestu todos eles celebrados tradicionalmente o 11 de
Novembro, data que no antigo calendário Juliano (anterior a 1582) e
atual calendário ortodoxo coincide com o 1 de Novembro. Foi o São
Martinho de Tours, santo padroeiro da cidade de Ourense e lutador
contra as tradições paganistas a quem foi dedicado esse dia como
remédio contra as crenças pré-cristãs tão estendidas na
Gallaecia alto-medieval e que nunca foram totalmente erradicadas.
Na tradição culinária
dessas datas está o costume de comer as castanhas e o vinho novo
recém vindimado sendo este um costume que já é recolhido em textos
do século XVIII da autoria de estudiosos como Henry Swinburne que no
seu livro “Travels through Spain in the year 1775 and 1776”
nos conta que os galegos acreditavam em que por cada castanha comida
um ânima do purgatório ficava libertada para poder ir ao céu. Mas
também na não menos importante tradição ritual contávamos com o
costume de pedir pelas portas o presente de Todos os Santos da mesma
forma na que se faz hoje nos países onde se celebra o Halloween.
Diz-nos o inquisidor António de Guevara e recolhe a cita André Pena
(Pena Granha 1991:398-399):
“Nos constó por la visita que el Día
de Todos los Santos y al día siguiente de difuntos andan todos los
mozos de la feligresía a pedir por las puertas y les dan pan y carne
y vino y freixós y pixóns y otras cosas, y que piden así los hijos
de los ricos que los pobres; y por ser más este rito gentil que
cristiano, ordenamos y mandamos que, de aquí en adelante, ningún
mozo vaya aquellos dos días de puerta en puerta a pedir sinó que el
beneficiado, el rector, el primiclero y otro que nombrare la
feligresía pidan aquel pan y todo lo demás que les dieren lo
repartan en la iglesia el día de los finados entre los pobres y
necesitados, so pena que el padre o la madre que enviaran a su hijo a
pedir aquellos días pague mil maravedís”
- O Solstício de Inverno
Nas culturas agrárias
a celebração das estações era o normal, recebendo e santificando
os ciclos naturais, a produtividade da terra e a mudança de
atividades segundo a época. Igualmente o agradecimento à terra mãe
e produtora fazia parte da vida quotidiana como uma forma de estar em
harmonia com a que fornecia de alimentos e prosperidade à
comunidade. Esta festividade conhecida por alguns povos da Europa
como “Yule” não era alheia ao mundo celta e por consequente à
Galiza. O celebração do nascimento da principal figura do
cristianismo liga diretamente com a tradição proto-europeia de
nascimento do Sol e com toda uma série de rituais que tanto no tempo
antigo como no atual reconhecemos com uma identidade comum que
transcende os tempos. Assim, tanto a árvore de Natal, como as
“Estreias” ou “Aguinaldo” (assim chamado em outros lugares da
península), a recolha do visco ou do azevinho, como da figura
paternal dum homem generoso e barrigudo que vem para fazer presentes
aos nenos são heranças dum passado nunca esquecido.
A árvore de Natal é
uma tradição relativamente moderna na Galiza mas em algumas
comarcas da região desde a que escrevemos –Ourense-, existia o
chamado “Tição de Natal” do qual existe memória na tradição
familiar de quem vos escreve, consistente num madeiro que se deixava
aceso do 24 de Dezembro, desde a Missa do Galo em adiante, até o dia
6 de Janeiro, simbolizando o calor que o sol mantinha em momentos em
que a obscuridade tinha avançado até o máximo e o Astro Rei nascia
novamente representado no madeiro como se este fosse uma autêntica
criança recém nascida que chegaria à sua plenitude nos momentos
centrais do verão. Passadas as datas solsticiais a cinza guardava-se
para botar-lhe à terra como fertilizante ou bem deixava-se para
completar a sua queima em momentos de trovoada, tentando com isso
espantar aquilo que de assustador tinha a mesma, com o fim de se
livrar dos perigosos raios. A crença popular de que um raio não cai
duas vezes no mesmo lugar ainda existe na atualidade entre a gente do
rural galego e se os antigos queimavam o tição percebiam que uma
vez ardido o madeiro por mão humana as forças da natureza não
tinham razão para fazê-lo arder de novo por causa dum lôstrego
(VVAA: 1979)
O tempo foi modificando
o costume dentro da Europa e do originário tição, mais ou menos
grande, da tradição primigénia evoluiu até dar com uma árvore
típica da época, de folha perene, à qual enchiam com candeias e
maçãs, símbolos de luz e de prosperidade em origem, cristianizados
como símbolos igualmente da luz de Cristo e do pecado,
respetivamente, mas com uma marcada tradição céltica. O tempo foi
modificando essas candeias e essas maçãs pelos posteriores adornos
por todos conhecidos, sendo o processo de mundialização da cultura
nos últimos tempos quem trouxe a árvore de Natal aos nossos fogares
atuais.
Do mesmo jeito esta
figura da árvore traz-nos à memória o mítico Hy-Brasil céltico,
árvore da vida correspondente com o Yggdrasyl germânico. Essa
árvore sagrada será protagonista de muitas das celebrações e
tradições da roda das estações dentro da cultura europeia em
geral e céltica em especial. É a árvore que roda segundo rodam as
estações, correspondendo-se na etapa invernal com uma imagem sem
folhas. Na imaginação mítica céltica seriam as raízes que
estavam para a cima, enquanto a copa estava para abaixo. O fim é
apanhar a força da terra necessária para no verão dar os seus
frutos ao se pôr novamente de pé, com as raízes na terra e a copa
para a cima. A memória desta ideia subsiste ainda hoje em alguma
localidade galega, como é o caso de Rodeiro, na Comarca do Deça e
ainda em algumas localidades da Comarca do Arenteiro, já na região
ourensana.
Outra tradição
interessante ainda conservada até muito pouco tempo na Galiza rural
é o das “Estreias”, nome que em outros lugares da península
muda pelo de “aguinaldo”. A sua origem pode ser comum com o
famoso “ Trick or Treat” da tradição samânica, pelo facto de
ir pedindo pelas portas um presente. De forma parecida à do rito
anteriormente citado, a pessoa que recebe a visita dos que vêm pedir
a Estreia pode dar ou não dar, mas se não dá, os visitantes
põem-se a cantar autênticas cantigas de Maldizer contra o avarento
vizinho.
Conta-nos Vicente Risco
que essa tradição é que se fazia com uma cabeça de touro, uso
proibido posteriormente num Concilio de Lugo de discutida existência
em época sueva. Risco recolhe um texto no que se fala da condição
não lícita destas práticas (VVAA:1979):
“Non
liceat iniquas observationes agere Kalendarum neque lauro aut
viriditate cingere domos”
Comenta-nos que estes usos nunca
foram desterrados, sobrevivendo em algumas práticas atuais embora
não relacionadas com a época do solstício de inverno, mas com o
entrudo, ou em rituais igualmente atuais e igualmente célticos como
o Beltane celebrado na Escócia. Há que dizer que podemos reconhecer
que a presença de máscaras feitas como crânios de animais têm a
sua origem com probabilidade em épocas muito longínquas, que
enterram as suas raízes no xamanismo paleolítico e nas práticas
das religiões ancestrais. Só há que ver os primitivos atuais...
Outra das práticas das que queremos
fazer referência têm a ver com o visco (Viscum Album), e o azevinho
(Ilex Canariensis). O primeiro é uma planta sagrada dos druidas que
representa a imortalidade, enquanto o segundo serve para ser guardado
na casa em lugar quente para ser oferecido como refúgio às mouras
que atendem o chamado do calor do fogar, fugindo do frio do inverno.
Elas agradecem correspondendo com felicidade e prosperidade a quem
lhe abre as portas da sua morada. O azevinho utiliza-se igualmente e
de forma tradicional como remédio contra a esterilidade das pessoas,
dos animais e dos campos.
Mas não podemos esquecer uma outra
tradição que é a figura dum personagem que tradicionalmente vive
na floresta e que por essas datas é que se achega às aldeias para
trazer presentes às crianças. Esta figura parece ser comum a toda a
cultura europeia conhecido como São Nicolau, Santa Klaus e mais
hodiernamente como Pai Natal, popularizado pela influência
norte-americana. Na Galiza esta personagem aparece com o nome de
Apalpador ou Pandigueiro. Ele é um carvoeiro ou lenhador que habita
na espessura da floresta ao lado dos seus perelhos, seres feéricos
que o ajudam no seu labor. Um destes perelhos sempre é o que se
adianta para levar conta dos nenos que merecem o presente para quando
vier o velho e barbudo personagem poder acertar à hora de
presentear. Quando ele chegar sempre o faz quando as crianças dormem
para poder apalpar as suas barriguinhas e saber se comeram ou não.
No caso de estarem mal alimentados ele deixa uma presa de castanhas
ao lado.
Como podemos ver, as formas são
comuns a todos os personagens acima citados, seguindo uma pauta
parecida a todos eles. Na Espanha aparecem as figuras dos Reis Magos
que são três e um não só, devido à catolização (já não
cristianização) do personagem que com toda probabilidade existiria
na maior parte da península Ibérica de tradição indo-europeia
(2). Foi provavelmente uma imposição desta tríade como substituto
do velho barbudo em épocas passadas dentro do contexto espanhol
substituindo à figura tradicional que na Galiza e sobre tudo nas
comarcas orientais do nosso País, incluídas as comarcas do oriente
ourensano, ainda subsiste. A dia de hoje o galeguismo mais
comprometido está a recuperar a figura com certo sucesso. A imagem
tradicional dos Reis Magos foi adaptada a uma mentalidade católica
cingida a um contexto hispânico.
A data de chegada do Apalpador é o
24 ou o 31 de Dezembro. A primeira é data solsticial polar à do 24
de Junho (3) e portanto fim de estação. O 31 é fim de ano no
calendário atual.
- A festividade de Inverno
A festividade invernal
por excelência no mundo céltico é o Imbolc a celebrar durante o
meio da estação, concretamente o primeiro de fevereiro. No
calendário cristão relacionamos esta festividade com o ciclo que
vai desde a Candelária até o Carnaval ou Entrudo, de grande
popularidade e muito tradicional tanto no País como na região
ourensana onde conta com pontos importantes de celebração como é o
triângulo Ginzo-Verim-Laça. A capital da região, a cidade de
Ourense sofreu muitos altos e baixos no transcurso da história
recente, tendo-se exercido a censura durante a época franquista pelo
uso e prática da liberdade e da crítica. A dia de hoje conta com
grande popularidade.
Como todas as festas
que estamos a descrever, tem as suas raízes na roda das festividades
estacionais das sociedades agrárias como é a celta em geral e a
galaica em particular. Reconhecemos o seu caráter ritual em
festividades e celebrações ancestrais do nosso contorno
etno-cultural atlântico . É, no entanto, a sua etimologia latina.
Ou assim nos parece dando uma olhadela por cima. Entrudo ou Entroido,
diz-se ser proveniente do INTROITUS latino, que significa
“entrada”...no bom tempo, na primavera que se visualiza no
horizonte. A outra palavra que define esta época festiva é a de
“carnaval” provavelmente originada em “CARRUS NAVALIS”, quer
dizer, “carro (de batalha) naval”. Aparentemente não parece
muito acaído, pois a festividade não é exatamente uma guerra de
barcos, mas se achamos que poderia ter a sua origem numa velha
prática de construir carros ou barcos de madeira com rodas, fazendo
que se confrontassem entre si de forma festiva, simulando batalhas
navais e jogando-se ramalhos, paus e material vegetal, poderia ter
mais lógica. Seria o conhecido como o “Carro do Entroido” que às
vezes viajava dumas localidades a outras num ritual de fertilidade
vegetal que servia como pedido à natureza, não isento de caráter
mágico com o fim de fazer produzir à terra. Faz-nos lembrar a
festividade típica em Ourense da “Batalha de flores”, típica da
festa da cidade embora em outra época do ano.
Dentro desta tradição
há o costume de se disfarçar escondendo-se atrás duma vestimenta
que oculta a verdadeira personalidade. Talvez atende mais a uma
adatação ao mundo cristão do ritual ancestral no afã de livrar a
cabo ações nem sempre bem consideradas do ponto de vista social ou
religioso. Estas ações poderiam perceber-se como psicologicamente
necessárias por ser uma catarse anterior à etapa sacrificial da
Quaresma. Por outra parte, se investigarmos nos vegetarianos atuais e
algumas outras crenças que convivem connosco fora do dogma católico,
a não ingestão de produtos animais parece ter como objetivo o
refinamento do espírito e a sutilização da energia do próprio
corpo permitindo a elevação da alma. Se a isto acrescentamos que
era uma prática predicada e observada por algumas filosofias
religiosas arreigadas na Galiza, como é o caso do priscilianismo,
que tentava harmonizar ou sincretizar o culto ancestral, autótone e
tradicional galaico com o recém chegado cristianismo, podemos chegar
a pensar que essas supostas origens paleo-cristãs podem ser
retrotraídas a épocas bem anteriores, envolvendo a festividade
mesmo num contexto temporário e ritual céltico cujo conhecimento
nos é ainda em parte desconhecido. Se uma sorte de Quaresma
pré-cristã existia, deduzimos que a catarse anterior poderia
igualmente ter existido. O que sim podemos deduzir é a função de
ritual de fertilidade encarnado nas figuras dos mecos que se queimam
como símbolo do rechaço ao velho. Consequentemente, é também um
recebimento da iminente primavera na que o novo parto e florescimento
da terra vai trazer novas colheitas e renovada prosperidade.
Tudo aquilo que para o
Carnaval representa uma inversão dos valores é uma preparação
para que no seguinte mês e meio a gente possa aguentar a introspeção
e a vida interior prévia ao acordar da natureza..
O Carnaval é a época
posterior á festa da Candelária datada em 2 de Fevereiro. O dia
anterior é o da Santa Brígida, representação católica da Brigit
céltica ou o que é o mesmo, a Lua, a luminária feminina a quem se
lhe rende culto no ponto polar do calendário do Sol-Lugh.
Na tradição cristã,
este culto feminino de fertilidade da terra tem o seu correlato na
apresentação por parte da Virgem Maria do seu filho Jesus ao
templo. É uma festividade de marcado signo feminino e na tradição
céltica do Imbolc, Oimelc ou Imbowolka era época de grandes
comelhadas, grandes festas e excessos herdados na tradição
carnavalesca galega.
(Continuará)
Comentários
(1). O nome do qual se
apanhou esta má adaptação é o de Samhain, palavra irlandesa que
designa o mês de Novembro. A nossa pergunta é: Porque adoptar o
nome de Samain e não um derivado do Hop-tu-naa da Ilha de Man, do
Calan Gaeaf galês, do Kalan Gwav córnico... Na Galiza existe um
nome e esse é o de Magusto. Porque não dar-lhe o seu valor ao lado
de todos os anteriores e não adoptarmos um não tradicional do País?
Talvez não seja o suficientemente digno, conhecido ou corretamente
relacionado com o mundo celta? Porque é tão
facilmente acolhido pelos neo-galeguistas de maioria absoluta dos
colégios de primária? De existir um nome na Galiza derivado do nome
primordial Sâmanos/Sâmonios/Sâmonis seria algo parecido ao nome da
formosa vila galega de Samos cuja origem etimológica provém
justamente dum Sâmanos medieval
(2) Há que salientar a
figura do Olantzero no País Basco que ainda o considerarmos um País
fora do contexto indo-europeu pela sua filiação linguística há
que salientar a sua origem céltica anterior à sua basconização
como nos tem informado não poucas vezes o celtólogo André Pena.
(3) O São João,
também festa solsticial embora astronomicamente não o seja já que
seguindo critérios científicos esta é o 21 de Junho (ou 21 de Dezembro no caso do inverno). O 24 de Junho é dia no que começa o
debalar ou queda do sol, como o 24 de Dezembro é o momento em que o
dia começa o seu avanço sobre a noite.
Por outra parte,
comparando o calendário Juliano com o Gregoriano calculamos que o
fim de estação, 21 de Dezembro seria o primeiro dia do começo do
ano segundo o cômputo romano herdado pela igreja e pelo calendário
juliano, correspondente ao atual 31 de Dezembro no calendário
gregoriano a partir do 1582 em diante.
Bibliografia:
- VVAA. Dirigidos por Otero Pedrayo, Ramón: História de Galiza. III Tomos. Tomo I. Etnografia. Cultura espiritual de Vicente Risco. Akal Editor. Madrid.1979
- Henry Swinburne: Travels through Spain in the year 1775 and 1776.
- Pena Granha, André: Narón, un Concello con historia de seu. Tomo I. Ed. Concello de Narón. Narón.1991
- González Pérez, Clodio: As festas cíclicas do ano. Museo do pobo galego. Samtiago de Compostela. 1991
- Green, Miranda: Simbol and Image in Celtic Religious Art. Edit.Routledge. London and New York. 1989
- Green, Miranda: Mitos celtas. El Pasado legendario. Akal. Madrid. 199
O Apalpador, uma figura tradicional do Natal galego:http://www.agal-gz.org/modules.php?name=Downloads&d_op=getit&lid=152
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