Equipa do DTS
Texto: Carolina Horstmann
Câmara: José Goris
Apresentaçao: José Manuel Barbosa
O Padre António Lourenço Fontes é uma dessas pessoas que não se passam desapercebidas para ninguém. Ligado sempre à causa cultural galego-portuguesa ensina-nos dia a dia que as nossas raízes galaicas estão presentes em cada elemento tradicional com o que trabalhamos, que celebramos ou mesmo que desejamos ou choramos. A forma de sentir a existência, com as nossas crenças vindas desde o paleolítico está presente mesmo no nosso ADN, mas com muita mais pureza nas regiões galaicas do Sul, no Barroso, no Gerês...em todo Trás-os-Montes.
Texto: Carolina Horstmann
Câmara: José Goris
Apresentaçao: José Manuel Barbosa
O Padre António Lourenço Fontes é uma dessas pessoas que não se passam desapercebidas para ninguém. Ligado sempre à causa cultural galego-portuguesa ensina-nos dia a dia que as nossas raízes galaicas estão presentes em cada elemento tradicional com o que trabalhamos, que celebramos ou mesmo que desejamos ou choramos. A forma de sentir a existência, com as nossas crenças vindas desde o paleolítico está presente mesmo no nosso ADN, mas com muita mais pureza nas regiões galaicas do Sul, no Barroso, no Gerês...em todo Trás-os-Montes.
O Padre Fontes é uma dessas pessoas que guarda o mais importante desse arraigo e nos está a lembrar cada pouco tempo a nossa ancestralidade e os vínculos que nos unem ao passado e aqueles outros vínculos que nos unem aos galegos e aos portugueses.
A Galiza, nesta altura histórica está passando-se por uns momentos difíceis. Da mão de uns dirigentes políticos castrantes e castrados estamos a ver como se nos está a desnacionalizar, como estão sendo destruídas as nossas tradições, a nossa língua, o nosso sentir nacional, a nossa forma tradicional de sentir a economia, as nossas crenças místicas e religiosas que nada tem a ver com a bondade, a generosidade, a humanidade, o saber ligado à natureza.... A dia de hoje e em nome duma modernidade alienante que nos afasta da Terra estamos entrando num mundo que nunca foi o nosso porque é alheio e é forâneo, porque nos narcotiza e cega os nossos sentidos que nos permitem ver o nosso Além... Vemos igualmente como a nossa população diminui dia a dia, como as nossas crianças enchem as suas mentes de elementos que não lhe foram transmitidos pelos seus ancestrais...quando há crianças...porque uma dos elementos desse processo é a falta de crianças que recolham o facho da nossa estirpe étnica. Estamos sofrendo o mesmo processo que levaram a cabo muitos povos indígenas ameríndios com a chegada dos espanhóis: o desastre.
No entanto, na Galiza Sul, no Norte de Portugal, as nossas tradições, a nossa língua e o nosso sentir continua vivo e com o intuito de sobreviver a esta maré desidentificadora. É o Padre Fontes um desses guardiões que preserva o nosso ser tradicional e por isso lhe devemos todo o que podemos dever-lhe a um autêntico herói galaico.
A passada Sexta-feira 13 de Julho estivemos com ele na sua Quinta de Mourilhe: A Quinta da Nossa Senhora dos Remédios. Ali lhe fizemos esta entrevista na que falamos sobre tudo do seu gosto pela medicina popular que era a forma ancestral que os nossos antepassados tinham para evitar doenças em contraposição à contaminação química que temos por medicina a dia de hoje, do enriquecimento dos laboratórios e do lobismo que surge de jogar com a nossa saúde. Após a entrevista, essa noite pudemos vê-lo no cenário ao pé do Castelo de Montalegre esconjurando as bruxas e as maldades dessa linda comarca barrosã. A prosperidade dos seus habitantes vê-se nos seus olhos, a felicidade da gente pelas ruas é imensa porque essa contaminação energética gerada por este mundo de tolos fica limpa e anulada com a força deste nosso Padre Fontes e com a ajuda desses grandes atores que são os Errantes da Troula que mais do que atuar o que fizeram foi ritualizar com total veracidade e limpar Montalegre dos maus espíritos que nos governam vestidos de fato e gravata.
Aqui vos apresentamos a entrevista que fizemos esse dia na casa do nosso Bruxo-Mor mas que nós consideramos o nosso grande, o nosso Arquidruída, o Druida de todos os galaicos dignos. Não falamos de qualquer aldeia gaulesa defendida com qualquer poção mágica, não. Falamos de Montalegre, falamos do Barroso, falamos do Norte de Portugal, falamos da Gallaecia viva, falamos do Padre Fontes.
Que vos preste. Sexta-feira 13 de Julho de 2012
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