A tradição Celta apresenta quatro festas que coincidem com o ponto central de cada estação, cujos nomes são: Samhain, Imbolc, Beltaine e Lughnasadh, mas esses nomes são gaelicos e não têm qualquer tradição galega, nem sequer são nomes de tradição britónica (galesa, córnica ou bretã) cujos nomes são outros e não por isso são menos celtas. O que têm tradição são as festas por si próprias cujos nomes galegos são:
Magusto (11 de novembro),
Entrudo ou Entroido (festa de fevereiro)
Maios ou Maias (festa de Maio)
Seitura ou Centeada (esta última corresponde com a festa do verão do 15 de agosto que se celebra em todas as paróquias galegas, portuguesas, asturianas e leonesas).
Nas diferentes tradições célticas britónicas os nomes são os seguintes:
(Festa de novembro) Calan Gaeaf (C), Kalan Gwav (Ker) y Kalan Goañv (B).
(Festa de fevereiro) Gŵyl Fair y Canhwyllau (C), Gong Puja (Ker), Emwalc'h (B).
(Festa de maio) Calan Haf/Cyntefin (C), Kallan-Mae/Obby Oss (Ker), Kala-Mae (B).
(Festa de agosto) Gŵyl Awst (C), Golowan (Ker), Gouel Eost (B).
(C=Cymru, Walles, Gales; Ker=Kernow, Cornwall, Cornualha e B=Breizh, Bretagne/Brittany, Bretanha)
A roda do ano céltico em britónico galês |
A evidência da correspondência nos dias só há que comprová-lo observando um calendário de outubro de 1582, quando se fez a mudança do Calendário Juliano, para o Gregoriano. Assim do 4 de outubro, passou-se ao 15 de outubro. Com um pequeno exercício contável observaremos que o 1 de novembro juliano corresponde ao 11 de novembro gregoriano atual, com o qual relacionamos imediatamente a data tradicional da festa em questão, que na tradição galaica e portanto galego-portuguesa, recebe o nome de Magusto e variantes, na gaélica Samhain e variantes e na britónica Calan Gaeaf e variantes
Se pomos um nome irlandês (nem sequer gaélico escocês ou manx) é porque Irlanda é um país independente e tem um relato próprio, referência do mundo celta internacional. Se nós tivéssemos relato chamaríamos a estas festas com o nosso nome, não "Samaín", que é uma péssima cópia do original "Samhain"... (aliás a pronúncia é "xouim", não samaín). E, infelizmente , isto vai às escolas para criar galegos que nem vão saber no futuro que era o Magusto (vão pensar que os seus avós celebravam uma festa gastronómica com produtos de temporada), nem vão saber que o português era o nosso galego quando este desaparecer da Galiza.
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