Por onde
começar quando de desfeitas patrimoniais se tenta falar? A comarca
de Verim não é uma excepção. Desde os corta-fogos ou aceiros que destroem castros, mamoas e petróglifos, à autoestrada que arrasou um
jazigo possivelmente único em Galiza e os incontáveis estragos da
obra do AVE.
Todo isto, unido ao desleixo das administrações locais, provinciais, autonómicas e estatais, mais preocupadas por ganhar eleições e manterem-se nos postos de poder, do que de se preocuparem do bem-estar dos seus governados, e muito menos no seu património. Não posso deixar de fazer certa reflexão ou analogia entre um assunto e o outro. Por exemplo, lembrando o acondicionamento da estrada de Verim para Vilar de Bárrio há uns anos, justo antes das eleições... O mesmo quando falamos da estrada Verim – Campo Bezerros, que se fez a consciência, ficando claro o porquê, pois já se sabia que ia ser necessária para o trânsito de camiões e maquinaria pesada. Se nos pomos a falar do Castelo, pensemos que quando se arranjou o acesso e se destrói a calçada é já com a intencionalidade de utilizá-la para transportar o material da obra que hoje se está a levar a cabo.
Todo isto, unido ao desleixo das administrações locais, provinciais, autonómicas e estatais, mais preocupadas por ganhar eleições e manterem-se nos postos de poder, do que de se preocuparem do bem-estar dos seus governados, e muito menos no seu património. Não posso deixar de fazer certa reflexão ou analogia entre um assunto e o outro. Por exemplo, lembrando o acondicionamento da estrada de Verim para Vilar de Bárrio há uns anos, justo antes das eleições... O mesmo quando falamos da estrada Verim – Campo Bezerros, que se fez a consciência, ficando claro o porquê, pois já se sabia que ia ser necessária para o trânsito de camiões e maquinaria pesada. Se nos pomos a falar do Castelo, pensemos que quando se arranjou o acesso e se destrói a calçada é já com a intencionalidade de utilizá-la para transportar o material da obra que hoje se está a levar a cabo.
Quero dizer com isto que o Património, tanto cultural como histórico ou natural, não lhes interessa às administrações, excepto como fonte de ingressos privados, camuflando centos e milhares de milhões de euros no processo. Monte Rei é um castelo muito visitado todo o ano. Gosta. Gentes de muitos lugares vêm vê-lo e escutamos os comentários que fazem os visitantes sobre o deplorável estado da Fortaleza, do seu contorno, do abandono e da falta de uma adequada conservação. O vandalismo e as inclemências do tempo, chuvas e vento, afetam também gravemente às muralhas e os edifícios. Quando se decide, por parte da administração qualquer projeto de restauro ou de conservação fez-se sempre pouco e nem sempre bem. Lembramos um muro de tijolo que se fez naquele primeiro restauro, que felizmente se chegou a tempo de retificar para fazê-lo em pedra. Aquelas máquinas desfizeram a calçada, ao Sul, na Porta do Sol, quando puseram o sistema de esgotos. As obras desfizeram o empedrado que ficou de cimento armado ou terra com uma moreia de tampas de esgoto de fundições, redondas (quarenta em menos de 300 metros), e muitos sumidoiros, pelo menos uns quinze.
O caminho real também sofreu um
restauro, para mim pouco afortunado. No interior do Palácio dos
Condes eliminaram-se o lagar e a adega do Castelo. Quando eu era
rapaz levaram treze canhões para a Crunha ainda que posteriormente
devolveram quatro. Ali, no passeio marítimo hai canhões de Monte
Rei sem qualquer referência de que são regiomontanos; e no Castelo
de Santo Antão, está, ou deveria estar ainda o canhão chamado de
“Golondrina”, que levaram para lá a finais do século XIX com o
fim de avisar com um canhonaço a chegada do correio de Cuba.
Dizia o Professor Xesus Taboada Chivite que pelos anos 30, havia em Monte Rei mais de trinta c canhões. Hoje só ficam quatro e meio...
Dizia o Professor Xesus Taboada Chivite que pelos anos 30, havia em Monte Rei mais de trinta c canhões. Hoje só ficam quatro e meio...
No acesso norte, pela porta de São
Francisco, uma calçada -calculamos que pelo menos é de época
medieval- foi tapada há pouco tempo, em boa parte do seu percurso
com “adoquins” (paralelepípedos de pedra). Debaixo está a
calçada coberta com cimento armado, com vareado de ferro, terra e
“adoquins”. Subiu o caminho pelo menos uns 40 cm, que para além
de tapar o empedrado antigo tira-lhe estética a portas e muros. No
interior da “garita” que está para levar controlo da porta ao
lado do Cárcere, só poderia estar um soldado anão, muito pequeno.
A obra não foi terminada, pois deveu de dar-lhes vergonha. Disseram
que se tinha feito com conhecimento e a autorização de Património.
Se isto se fez sem autorização, está mal, mas se se fez com
autorização, está pior.
Hoje, não se pode visitar boa parte do
Castelo porque está cheio de andaimes e de valados que proíbem a
passagem.
Brigadas de operários estão desfazendo
por dentro do Palácio dos Condes, “tabiques”, escadas.... Deixam
só as paredes mestras. Não sei se eles sabem bem o que vão
fazer.... Dizem-me que um negócio hoteleiro. Quartos, cozinhas,
taberna, restaurante e lojas parece que também lhe porão um
elevador.
A ideia é genial pois ao pé do
Castelo onde noutro tempo houve uma escola de Jesuítas, a primeira
em Galiza, está o Parador de Turismo a menos de 500 metros. Este
fecha quatro meses no ano e esteve quase por desaparecer por falta de
clientes e por má gestão. Monte Rei é referente histórico,
cultural e turístico da bisbarra mas lamentamos a má vida lhe dão
aos que deveriam cuidá-lo, conservá-lo, restaurá-lo e difundir a
sua imagem como reclamo turístico-cultural.
1 comentário:
Pois entón o dito, Edardo.
Coma xa falamos polo taléfano :) xa mandei unhos convites nos que tenhan tudos os meus e que poidan faerse cargo do que lle está a acadar o noso patrimonio.
Aiche moito cacique nesa terra e repartese agora por moitos luares; uns merdans que fans e desfan segundo lles pete os sues petos.
Deica entón, meu
E coma non, pra os donos do blogue; ficaremos en por eiquí con tempo e xa falaremos máis miudinho.
Breves saúdos.
Beato Darzádegos
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