segunda-feira, 27 de junho de 2011

Liberdade ou Legalidade?





Por José Manuel Barbosa
Faziam uma entrevista aos candidatos à presidência da Câmara Municipal pela cidade da Crunha num programa duma TV privada. Eram perguntas simples que deviam ser respondidas em poucos segundos com agilidade e com convencimento. Nelas o público poderia ver e sentir a energia e o espírito de cada um dos candidatos ao se defenderem dialeticamente do bombardeio que se lhes apresentava.

Como o meu labor, ou pelo menos um deles, é o meu compromisso militante com a língua deste meu País, reparei especialmente  numa das perguntas que levava uma importante dose de intencionalidade, nestes últimos tempos em que o apuro por estragar a nossa língua por parte dos poderes públicos é especialmente incisivo, teimoso, malvado e regressivo. A pergunta em questão era: “A Coruña ou La Coruña?”

A resposta de cada um dos candidatos foi diretamente proporcional à capacidade de mobilização do eleitorado usando como instrumento o saber penetrar na mente dos eleitores com maior ou menor dose de demagogia e de encanto formal.

O candidato do PSOE respondeu: “Las dos”; o candidato do PP disse: “La libertad” mas o candidato do BNG (Bloco Nacionalista Galego) saiu com um...: “A Coruña, porque o di a legalidade que ......” e recorrendo a um discurso que o levou a ultrapassar os cinco segundos estipulados para cada candidato em cada resposta acabou perdendo-se na explicação.

Como podemos ver, e sempre falando desde o meu critério subjetivo, a resposta do candidato do Bloco foi a menos eficaz, já que a lei é a cousa menos popular de todas, a qual pode ser mesmo trocada amanhã. Esse critério legal que hoje se expõe, amanhã pode voltar-se à contra pois com só dous ou três movimentos legais a situação do Bloco poderia passar de “defender” essa precária legalidade a fazer que se tivesse que posicionar à contra.

Por outro lado considero muito pobre contrapor a "legalidade" à ideia de “liberdade” exposta pelos outros dous candidatos. Ideia esta, a da Liberdade, que ainda vazia de conteúdo em muitos casos, enche bocas e ouvidos de qualquer votante pouco maduro, como na realidade é qualquer eleitor do nosso País neste momento da história.

Eu quereria ter visto outra atitude mais convencida, mais poderosa e sobretudo uma atitude que soubesse ganhar o voto com uma frase que superasse a demagogia e o populismo totalmente desprovido de conteúdo dos outros dous candidatos, mas estou totalmente certo de que a debilidade desse conceito de “língua galega” defendido pelo Bloco desde há décadas se corresponde com a sua falta de imaginação para fazer que a nossa língua seja vista pela nossa sociedade como um ativo espiritual, material, inteletual, empresarial, económico, social e político de peso, impossível de apagar e anular, mesmo por aqueles que quereriam a sua total e absoluta desaparição.

Como eu sou uma pessoa convencida de que a língua é algo prioritário, importante, para mim elemento gerador de riqueza, mesmo económica, fiquei tão desiludido por essa resposta do candidato bloqueiro como se me dissesse que preferia a forma “La Coruña”.

Só vendo nessa formação política uma teima sobre um conceito do galego vazio de valor e conteúdo, seguidista da política linguística que está levando à nossa língua à desaparição podemos dar resposta a essa constante perda de apoio que o Bloco vai tendo cada vez que há eleições.

A obsessão de, realmente, introduzir a língua por que sim, porque é “progre”, em vez de expor argumentos que o façam atrativa ao votante, faz que à vontade desgaleguizadora do poder se veja ajudada pela ignorância de como mantê-la como elemento de união e de interesse para todos os galegos.

Como eu sou uma pessoa convencida do potencial da nossa língua e ouço, como ouvi, essa resposta, fico pensando que o Bloco como formação política é incapaz de fazer da nossa língua o eixo vertebrador desta nação chamada Galiza.

Gostaria que à pergunta: “A Coruña ou La Coruña?" tivesse uma resposta como: “A inteligência” ou “A riqueza”, ou “A razão”, ou “ A identidade”... que pudesse contrapesar o poder do demagógico de “La Libertad” ou “Las dos” manifestado por quem realmente quer que desapareça a nossa língua do mapa da Galiza.


E finalmente, que fique dito, que hoje falamos da pouca agilidade, pouca imaginação, pouca força, pouca inteligência e pouco espírito dos bloqueiros...mas amanhã falaremos de se nós preferirmos “A Coruña” ou “Crunha”. Que essa é outra.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tem pátria o capital???

 Por José Manuel Barbosa

Atribui-se ao liberalismo o axioma que diz “o capital não tem pátria” mas há vezes em que tenho muitas dúvidas disso. O que fez crescer o mundo ocidental desde o século XV foi, com certeza, a liberdade económica e aproveitar tudo aquilo que tivesse valor para fazer prosperar os povos e as pessoas, mas...
Perguntar-se-á o leitor... e a que vem esta reflexão? 
Dir-vos-ei:

Quando uma pessoa que se diz de pensamento liberal e se acredita inteligente, tem a pouca vergonha de dizer que a existência de quatro línguas no senado é motivo de preocupação pelo gasto económico e porque estamos numa crise importante que nos pode levar à falência, acabo perguntando-me se o pessoal está neste mundo por ver passar as horas o é que acredita na quadratura do círculo.

Conta-se-nos que o galeguismo é ideologia. O estado neutro e ideal por desprovido de carga ideológica é viver em castelhano. O galeguismo é de pailães ou de “bloqueiros” ou no melhor dos casos de “culturetas” que professam o “freakismo” militante. Isso é como nos educam os poderes neste nosso País. Há gente “inteligente” que assume esse pensamento com toda a inchação de peito e com toda a vaidade de quem se pensa na posse da verdade absoluta revelada pelas mais altas instâncias celestiais. A essa gente parece não poder-se-lhe levar a contrária porque acabam qualificando a um de qualquer cousa menos de bonito. Isto não ajuda muito ao debate porque acabamos o assunto de tal jeito que é um que contradiz o que é o radical ou anormal e não ao invés.

O mais surpreendente para mim é que esse estúpido pensamento é defendido muitas vezes, não por pessoal humilde e iletrado (que também! dito seja de passagem) mas por gente que passou pela universidade, tem uma boa cultura aparente e se mexe pelo mundo com certa agilidade. É essa gente que diz que lhe impõem o galego cantando como ararás o mantra repetido até o cansaço pelo cavernarismo filomadrileno.

Como é que não temos consciência de que qualquer língua é mais um recurso económico? Uma língua é em muitos casos uma variável das diferenças salariais e sociais, pode ser base para o comércio e a transação dentro duma região pequena ou mesmo entre países afastados por oceanos. A língua, toda língua, é uma industria e como tal contribui ao PIB dum país por muito pouco que seja e por muito pequena que seja a língua, mas sempre gera riqueza.

As línguas geram milhões de euros e milhões de postos de trabalho. Se essas línguas são línguas francas ou usadas em vários países, esses milhões podem se multiplicar, como também os seus  PIBs e o número de postos de trabalho gerado por elas.

Se nos dermos uma volta pelas utilidades duma língua veremos que as possibilidades são infinitas porque desde o ensino que é um traspasso de informação, em princípio básica, mas com o tempo acaba tornando-se científica, técnica, económica, jurídica, política, psicológica, jornalística, etc... passando pela utilidade para as empresas de correios, telecomunicações com o seu mundo informático tão presente na vida do ser humano hoje, a publicidade, recursos de empresa, finanças, matérias primas, espírito empreendedor, turismo (gente que vem para apreender o idioma...), cultura e património, negócios, peso político internacional... Tudo isto são só algumas das muitas possibilidades que se me ocorrem para uma língua.

Algumas línguas são transmissoras mesmo de cultura ideológica, como o russo (Lenine, Bakunin, Kropotkin...), ou o castelhano (autores cubanos, nicaraguanos ou venezuelanos ...), língua da ciência (os matemáticos russos dão aulas aos chineses porque a língua chinesa tem limitações ao respeito...), língua franca (dos países ex-soviéticos entre eles), língua de negócios como o português (Petrobrás...), inglês (Ford...), castelhano (Repsol...), francês (Citröen...), alemão (Volkswagen...), etc...

Repare o leitor que qualquer língua pode gerar riqueza em todo o caso. Qualquer uma. Grande ou pequena, cada uma em função do seu valor nacional e/ou internacional sempre ela terá um forte conteúdo económico. A comunicação linguística é um mercado e ainda um formador de mercados de bens e serviços salientando no mundo de hoje a publicidade, tanto a informativa como a persuasiva. As línguas influem nos custos de produção das empresas gerando custos de informação e influindo de forma determinante na demanda dos produtos de consumo e nos próprios preços dum produto.


Tudo partindo da ideia de que  uma língua não tem custos de produção já que ela é criada através dos séculos e durante a história pelo povo que não investe dinheiro na sua conformação; os seus recursos são inesgotáveis como o mar, o oxigénio e não pertence a nenhum magnate poderoso nem a grupos de pressão ou de contestação. A língua valoriza-se mais quantos mais utentes tem, daí o bom investimento que supõe qualquer processo de normalização e multiplicação dos seus falantes. Aliás é um bem que não se pode nacionalizar porque já está nacionalizada e é impossível privatizá-la pois a sua função é permitir a comunicação entre as pessoas e reduzir por isso os custos de qualquer transação, daí também a bondade do plurilinguísmo contrário à ideia monolinguísta da Espanha castelhana, tanto interiormente como exteriormente.

E o melhor de tudo isto do que falamos é que os galegos temos uma variante linguística reconhecida por todos os linguistas -menos os pagados pela “Xunta”-, como uma variante duma das línguas mais sucedidas da humanidade. A quinta em número de falantes, a terceira europeia e a segunda latina, com um país de referência como o Brasil como potência emergente e de futuro. Essa língua nasceu no nosso País e foi levada pelo mundo nas descobertas portuguesas. Rechaçar, odiar ou simplesmente não querê-la é tão absurdo como rechaçar o pão em horas de fome ou a água no deserto. Simplesmente absurdo. Esta nossa língua que nós conhecemos com o nome de galego e no mundo é conhecida como português gera o 17 ou o 18% do PIB de Portugal, entre o 13 e o 17% do PIB do Brasil em alça e o 3% do PIB mundial.

É essa “Xunta de Galicia” governada quase eternamente por um mesmo poder político desde há mais de 30 anos a que leva à morte a língua dos galegos com uma política linguística "elaboracionista" e quase monolítica desde os anos 80, que tem como resultado a progressiva extinção da nossa língua seguindo uma metodologia etapista e letal cada vez que o povo galego introduz um papel de voto favorável  ao "statu quo". Esse poder político retroalimentado com a ignorância e a ignomínia faz que se perpetue o problema e a necrose “ad eternum” para completar a solução final por eles desejada.

Se eu acreditasse que o poder galego existente desde 1981 fosse bem intencionado e com um perfil liberal como é o que vende, pensaria que como o capital não tem pátria existiria a possibilidade de ver como a nossa língua teria futuro e o nosso povo também, beneficiado pela condição de língua extensa e útil. Mas o facto de que estejam dispostos a tratar a língua dos galegos como a tratam, dá-me a pensar que estão a deitar pela janela milhões e milhões de euros, muitíssimos postos de trabalho e muitíssimas hipóteses de criação de empresas e de negócios; dá-me que pensar que o seu intervencionismo e a sua irresponsabilidade não fazem esse poder galego um poder liberal que pense na criação de riqueza, por isso ou é que não são muito inteligentes, hipótese na que não acredito, ou é que a perfídia malvada com a que nos tiram a vida, a dignidade, a prosperidade e nos fazem passar por parvos no-los revela como autênticos lobos com pele de ovelha e depredadores que sim têm claro qual a sua pátria e qual a nossa. Em todo caso pátrias diferentes ainda que nos façam pensar que é a mesma. Porque...vamo-nos parar a pensar: Só a um ignorante se lhe ocorreria dizer que investir dinheiro na nossa língua é um gasto; só a um férrido e duro se lhe ocorreria desvalorizá-la; só a um imbecil e obscuro se lhe ocorreria levar uma política linguística que derivasse na desaparição duma fonte de riqueza tão absoluta e só se lhe ocorreria queixar-se de que lhe impõem o galego a um que não entende, não.

Por todo isto e por muito mais acredito em que para eles o capital sim tem pátria...e essa pátria parece não ser a nossa.



sábado, 18 de junho de 2011

O centrismo oscilante.


Por José Manuel Barbosa.
 


Tenho dous amigos com os que partilho o gosto pela política. Um deles procede ideologicamente duma família de centro-direita  e o outro recebeu uma educação e uma tradição socialdemocrata  de esquerdas. Até há pouco tempo quando nos juntávamos os três as discrepâncias se faziam muito manifestas e as discussões  nunca tinham fim.


Deve haver uns dez anos aproximadamente em que os posicionamentos dos meus dous amigos se vêm achegando, se moderam o um com o outro, e chegam a pontos em comum muito interessantes e difíceis de prever por mim em tempos passados, pois já levo com eles mais de trinta anos e nunca pôde imaginar tal achegamento. Agora vejo neles o afã de concordar para solucionar os problemas da vida diária. Antes, contrariamente, o dogma estava sempre presente e primava mais a priori o posicionamento ideológico de cada um do que arranjar a vida dos cidadãos. Ultimamente o assunto já não é tão ideológico como era até uns anos. Agora é mais prático mas também é certo que o que faz que cheguem a pontos de encontro é que os dous têm a ideia acertada de acreditarem que é na Galiza onde se deve e se pode desenvolver a ação do seu ideário.
Estou a ver com surpresa que eles acham que o que faz falta é solucionar os problemas dos administrados e não impor um pensamento ideológico por cima das realidades e dos contextos globais nos que estamos inseridos. Assim às vezes será necessário dizem eles- aplicar soluções liberais para criar riqueza e outras vezes soluções mais socializantes para repartir essa riqueza.
Como eles são galegos e vivem na Galiza, ambos os amigos chegaram à conclusão de que os seus projetos e ideários tinham de ser aplicados na Galiza, não na Polónia, na Guatemala, ou na Austrália onde já há gente inteligente que pode e deve trabalhar pela humanidade. Acham igualmente que os interesses dos andaluzes, ou dos madrilenos, ou dos catalães ou dos murcianos não são os nossos interesses porque as fontes de riqueza, os meios de produção, as pessoas com as suas diferentes formas de fazer e de perceber as cousas e as vias de expansão económica não são as mesmas nem geograficamente, nem historicamente, nem também os amigos ou parceiros com quem possamos partilhar interesses são os mesmos, ainda que sim possamos fazer negócios com todos e cada um deles forem donde forem, que essa é a finalidade: trocarmos riquezas materiais, culturais, linguísticas, espirituais ou de outros tipos, e portanto, enriquecer-nos todos como conjunto.
Estes amigos meus deixam-me surpreso muitas vezes quando falam de soluções viáveis que não se levam a cabo pela mediocridade dos políticos que temos ou por falta de imaginação ou iniciativa. Eles falam de cousas como estas:
·                                 Para eles solucionar problemas é adatar o horário galego ao fuso horário que lhe é natural. O mesmo da Irlanda, de Portugal, das Ilhas Canárias..., pois como comentávamos anteriormente em outro artigo (ver “Por uma hora galega”) a poupança passava-se dum 1% de como está agora até um 10% de mudarmos para a hora que nos é natural, como nos informava a CNRHE (Comissão Nacional para a Racionalização dos Horários Espanhóis).
·                                 Para eles solucionar problemas seria criar uma Bolsa de Valores na Galiza. Ideia esta que já se debatia na época do Fraga mas que ainda ninguém foi capaz de levar a fim por veto madrileno. Mesmo é uma aposta positiva para o próprio Estado Espanhol que vê com muita menos inteligência as cousas do que, por exemplo a França, a qual pode virar os seus interesses do Mediterrâneo para o Atlântico se lhe convier. Contrariamente, a Espanha só está centrada nos seus interesses mediterrâneos sem tomar consciência de que a faixa atlântica abre portas económicas que teimosamente Madrid se empenha em fechar tornando em absurdos os políticos galegos que se posicionam ideologicamente próximos dos interesses do Estado. Este posicionamento negativista da Espanha em relação à Galiza abre em troca caminho a futuros (quando não já presentes) problemas de adequação e adatação do nosso País com respeito ao Estado mas não há que dizer muito sobre os benefícios que esta iniciativa económica teria para a Galiza.
·                                 Os meus amigos ainda sendo de posicionamentos sociais bem diferentes apoiariam a eliminação das administrações intermédias como as deputações, a divisão provincial, o elevado número de Concelhos na Galiza ainda que também apoiariam  a recuperação da minguada e decrescente população galega dando-lhe às freguesias ou paróquias rurais a entidade jurídica própria dentro de Concelhos de tamanho comarcal com serviços adequados para a população se manter servida.
·                                 Solucionar problemas deste País para os meus amigos passa pela recuperação da população galega por meio da organização territorial histórica paroquial e comarcal que  ajudaria a que esta tivesse um maior peso dentro do Estado e por tanto pudesse ter mais poder de decisão para poder defender o que ninguém defende por nós, chefiando a Galiza a reivindicação dos interesses atlânticos de forma que viessem connosco os apoios de outros territórios com as mesmas necessidades.
·                                 Também arranjar necessidades galegas para os meus amigos seria o reconhecimento da unidade linguística galego-portuguesa com todos os benefícios que isto traz, e não só culturais e de identidade, mas também políticos e  económicos (ver “Há muita fome no mundo”)
·                                 Eles concordam em que para que tudo isto fosse avante seria necessária uma organização partidária galega completa, própria de qualquer país normal, com partidos de direita, de centro, de esquerda, de todo tipo de organizações de defesa do país independentemente dos seus vínculos ideológicos conservadores, liberais, democrata-cristãos, socialdemocratas, socialistas, comunistas, anarquistas, ambientalistas, verdes ecologistas, etc... pois na sociedade é que se dão todas estas possibilidades e a dia de hoje a oferta partidária na Galiza é muito limitada para defender o País fora doutros posicionamentos que não sejam socialistas ou comunistas.
·                                 Segundo eles, a Galiza como País necessita relacionamento com o exterior, não só com outros territórios da Espanha e para isso comentam de virar os nossos interesses de cara a três direções: a) o mundo atlântico europeu, céltico e britânico por proximidade, vínculos históricos e comunidade de interesses económicos; b) o mundo lusófono por outro, por proximidade cultural e identidade linguística, que abre portas económicas de grande poder tanto mais desde o momento em que a lusofonia começa a ter peso no mundo e c) o mundo hispano-americano com o qual temos séculos de relacionamento por ter sido destino da nossa histórica emigração a qual pode ser um importante suporte para uma Galiza forte.
·                                 Ainda, comentam os meus amigos, haveria um quarto ponto de relacionamento exterior e é este o apoio a uma Europa realmente unida posicionando-nos pouco a pouco com as potências emergentes, e nomeadamente com o Brasil para evitar cair no grande abismo que estão a construir os Estados Unidos que teimam em produzir dólares sem limite inflando a bolha que criou a crise presente e agravando-a mais cada dia que passa até que acabe por fundir aos próprios norte-americanos e com eles a esta servil Europa que não sabe dar-lhe uso à sua união.
·                                 Mas também, como último elemento que transcende e une o pensamento polar dos meus amigos é o facto de podermos ter na Galiza políticos com mente clara de estadistas, que pense em grande e não tenha medo a jogar com força e inteligência, não politiquinhos cosmopaletos aderidos a Madrid por fidelidades servis ou falsa alternativa a eles. Não nos seriam de utilidade galeguismos que nem têm consciência da globalidade onde estamos inseridos, nem sabem safar do poder centrípeto que nos envolve numa inércia pasmona que nos anula e que nem dão jogo a outras alternativas galeguistas que não sejam as suas.
Como os meus amigos provêm, um do centro-direita e o outro da esquerda e chegaram a conclusão de que às vezes era necessário apoiar o elemento privado e outras o assunto público segundo convier, um que isto escreve também chegou a um ponto que graças à curiosidade que criou em mim tal processo evolutivo, quis pôr-lhe um nome a este caminho central e centrado. Central por ser esse o ponto do espetro político ao que tendem. Um lugar, uma localização igualmente distante dos dous extremos, querendo e vendo necessária essa oscilação da balança como fórmula que achega a um ou ao outro ponto, segundo convier, com um equilíbrio em movimento que visa evolução. Igualmente é centrado porque a ponta do compasso está sempre posta na Galiza. A isto, deu-se-me por chamar-lhe o “Centrismo Oscilante”.


terça-feira, 7 de junho de 2011

O nome do Brasil e o mundo céltico


Por José Manuel Barbosa


Artigo dedicado a minha amiga brasileira Vanessa Nega e a sua turma de bretões estudantes de português. Com carinho.
A mitologia céltica está presente ainda hoje nos países de tradição atlântica e entre eles, a Galiza e o Portugal originariamente galaico, ainda que dous dos países popularmente mais conhecidos e reconhecidos pelo seu caráter céltico são a Irlanda e a Bretanha. Nestes países as mitologias referidas a heróis guerreiros ou as hagiografias referidas a santos assimilados a partir de lendas pré-cristãs estão presentes ainda neste século XXI.
Neste artigo que começo, quero resgatar o relacionamento que há entre uma velha lenda irlandesa, mas também bretã, com o étimo do Brasil que nos chega muito pertinho aos galegos, tanto pelo que de celta tem o tema, quanto de lusófono. Assim é do nosso ponto de vista, a etimologia do grande e irmão país sudamericano que muitos galegos vemos verde não só pela cor das suas matas, mas pela esperança que em nós alimenta. Vamos ver algo sobre a etimologia do Brasil:
 Assim, contam-nos as lendas atlânticas que foi Breasail o grande Rei do mundo que vivia numa ilha do Atlântico para além do ocidente da atual Irlanda. O seu país era chamado Hy-Breasail e só podia ser visto um dia cada sete anos porque a brétema perpétua só permitia isso para que os olhos da gente pudessem admirar a beleza daquela terra perdida no oceano.
Ele e os seus chegaram a velha Irlanda chefiando as tropas dum exército que lutaria contra os habitantes da ilha cujo Rei daria em doação terras aos invasores, O lugar: ali onde segundo também conta a lenda foi fundada a cidade de Gaillimh, conhecida com a grafia inglesa como Galway, nome da filha do Rei Breasail -Gaillim inion Breasail-, mais tarde afogada no rio Corrib que discorre por essa cidade.
Os descendentes de Breasail seriam os O’Breasail de Irlanda, nome familiar ainda existente hoje e a ilha da qual procediam foi assimilada com a Ilha de Ávalon, Tir na nOg e mesmo a perdida Atlântida com a qual partilha muitas similitudes.

A palavra “Breasail” acolhe grande variedade de formas em gaélico: Brasil, Berzil, Brazir, Breasil... e tem sido bastante comum como nome de pessoa graças a que o mito foi cristianizado e daí deu o nome do santo irlandês Brecan (Breogam ?????).

Breasail parece significar “Vermelho” em gaélico, que é o nome que recebe igualmente o cinábrio ou sulfureto de mercúrio, mineral de cor vermelha e brilhante utilizado para pôr cor nos cabelos e no corpo das pessoas. Este nome gaélico dá na nossa língua “varzino”, em castelhano “bracino” e mesmo em catalão “barcino” donde poderia derivar a palavra Barcelona (BARKINONAN>Barcelona em acusativo céltico segundo Higino Martins língua franca na península e na Gália em época pré-romana). Talvez tivesse a ver com a cor dos cabelos do herói do que estamos a falar como do cinábrio com que comerciariam os próprios povos célticos com os mediterrânicos latinos, fenícios e gregos (lembremos que o nome de “fenícios” vem do grego “Phoenikés” que significa “púrpura” ou vermelho, cor com que tingiam os tecidos com os que comerciavam graças a uma fórmula especial que só eles conheciam)
É de todos sabido que a Idade Média não é época de conhecimentos científicos contrastados e empíricos tal como os percebemos hoje, mas todo o contrário. É época de mitos e de lendas transmitidas de forma oral e poucas vezes escrita. Essas lendas seriam crenças populares cuja veracidade não tinha discussão na altura, sendo pelo contato cultural e comercial de tradição milenar como se difundiriam entre os povos atlânticos. Por isso era totalmente real para a gente do medievo a existência de ilhas como a Antilia, a Ilha de São Brandão, a Ilha das Sete Cidades, as Ilhas Afortunadas e a Ilha de Hy Brasil, Ibrasil, Brasil ou Breasail. Essa visão do cosmos era representada sem qualquer dúvida nos cartulários anteriores ao chamado “descobrimento” de América como podemos comprovar nos mapas de Dalorto (1325), Dulcert (1339), Laurazziano-Gaddiano (1351), Piziganni (1367), Giraldi (1426), Giovanni di Napoli (1430), Beccario (1426 e 1435) Valsequa (1439), Bianco (1448), Pareto (1455), o anónimo de Weimar (1481), Benicassa (1482), Juan de la Cosa (1500)... representando-se em todos eles como uma ilha com um lago interior e com forma anelar. O próprio Cristóvão Colombo teve que estar em contato com esses mapas, pois como se nos informa em textos conservados hoje, ele foi cartógrafo durante muitos anos em Lisboa.
Segundo a informação que tiramos do Atlas de Oliveira Marques e Alves Dias “Atlas Histórico de Portugal e do Ultramar português”, o navegador Duarte Pacheco Pereira chegou à terra dos tupis em 1498, dous anos antes da chegada do descobridor oficial do Brasil Pedro Álvares Cabral e cinco depois de alguma outra expedição da qual não temos ainda toda a informação mas da que algo sabemos. A região aonde estes navegadores chegaram recebe o nome de “Ilha de Santa Cruz”; posteriormente há de ser “Terra de Santa Cruz” e só poucos anos depois é que vai receber o seu nome definitivo de “Brasil” por acreditavam os coevos que aquela era um ilha afastada do resto do continente americano pelos rios Orinoco, Paraguai e Rio da Prata. Era a terra que identificavam com a mítica ilha registada em todas as cartografias e em todas as informações textuais desde a “Insulae Purpuraricae” (Ilha Vermelha ou de cor Púrpura) do romano Plínio o Velho.

A tradição mais recente faz derivar “Brasil” do pau-brasil que tem um dos seus extremos vermelhos como as brasas, sendo esta uma planta muito importante para o comércio português, mas também é o nome das madeiras de cor avermelhada para tintura que foi denominada de Brisilicum pelo Duarte Pacheco em 1505, ou “Tinta do Brasil”.

Todos estes enganos favoreceram a confusão na altura da etimologia do Brasil como sinónimo da ilha do Além atlântico com o nome duma ou várias madeiras e mesmo de “brasa”.
Diz-nos Frei Vicente do Salvador que o nome do Brasil foi inspirado pelo diabo, pois Santa Cruz (o primeiro nome que recebeu o país) era referido à madeira da cruz onde fora crucificado Jesus Cristo e em troca “Brasil” era madeira mundana.
De qualquer jeito parece-nos que o nome originário céltico pode dever-se não unicamente à tradição cartográfica medieval mas também aos contatos entre a Irlanda, a Bretanha com a Galiza e Portugal, como prolongações do mundo céltico e atlântico em contato milenar com as Ilhas Britânicas e a própria Armórica. Tantos na Irlanda como na Bretanha registamos a lenda de Ilha do Além com o mesmo nome do que estamos a falar, Hy-Brasil, que tinha como destino receber os guerreiros que tiveram uma morte honrosa no campo de batalha. Eis o vínculo entre esse mundo atlântico europeu com o grande Brasil...e acreditamos que pelo meio está o elo da Galiza, ponto de conexão entre ambos mundos: o céltico e o lusófono.
Bibliografia:




sexta-feira, 3 de junho de 2011

Um misterio de interesse para o mundo Céltico e Atlântico






Por José Manuel Barbosa
Para a maior parte da gente falar na Atlântida é como tratar um tema baseado na irrealidade, afastado do concreto e de pouca utilidade historiográfica, mas uma narração que nos surge lendo os “comentários” de Platão, que ele próprio qualifica de “verídico e longe do mithos” deixa caminho aberto à curiosidade e evidentemente à investigação. Isto vem acrescentado por ser motivo de possível investigação no que diz respeito do mundo atlântico e os vínculos, que como galegos temos ou deveríamos ter, históricos, económicos, culturais e étnicos com ele.
A Atlântida foi uma terra insular situada para além das Colunas de Hércules (o estreito de Gibraltar), no Oceano que leva o seu nome: Atlântico, sendo submergida ha 11.600 anos (9.000 na época de Platão) por um grande terramoto e um posterior tsunámi.
Platão fala dela no seu “Timeu ou a Natureza” e no “Crítias ou a Atlântida” assegurando que existiu realmente e cujo conhecimento veio dado pelos sacerdotes da cidade egícia de Sais a Solon e este ao avô do próprio Platão quem à sua vez lho narrou ao seu neto, o escritor e filósofo de quem estamos a falar.
A sua capital era Atlântis, fundada pelo Atlas, filho de Clito e o deus Poseidon o qual para proteger à sua amada rodeou a cidade de dez anéis circulares de água e fossos aquíferos. A ilha era rica em ouro e minerais e chegou a construir um império que ocupou grandes partes da Europa, África e América, mas a sua corrução fez com que os deuses provocassem uma grande catástrofe natural que acabou afundindo-a sob as águas do oceano ficando dela só a memória que o tempo transformou em lenda.
Esta ideia foi mantida como real por muitos autores da antiguidade como Estrabo, os dous Plínios, Teopompo, Diodoro Sículo, Cláudio Eliano, Eustácio ou outros que não nomeio por ser a lista grande. Eles diziam possuir informação textual e documentos históricos dos que se falava da ilha, o problema é que a maior parte da informação pôde ter sido perdida com a biblioteca de Alexandria.
Também os humanistas do quatrocento italiano recuperaram a ideia, esquecida na Idade Média, apanhada posteriormente pelo espanhol López de Gomera que impulsionou de maneira importante a procura de terras no ocidente atlântico em épocas de descobrimentos ou mais hodiernamente por Ignatius Donnelly, inteletual e político liberal norteamericano do século XIX que pela sua defesa do voto feminino, o seu posicionamento contrário à escravatura, favorável a um incipiente ambientalismo ecologista mas também pela sua curiosidade e apertura de mente em temas científicos foi qualificado de radical perigoso.
Todos estes autores procuraram uma ubiquação mais ou menos central dentro do oceano Atlântico embora em 1950 com o surgimento da teoria da deriva continental por causa das placas tetónicas a ideia vem-se abaixo invalidando a existência duma massa continental entre a Europa e a América.
Esta lenda ou suposta história é familiar para muitos povos e etnias do mundo que falam em cidades submergidas por um grande cataclismo marino. Alguns povos ameríndios falam disso: aztecas, máias, mapuches...mas sem irmos muito longe temos aqui na Galiza as lendas da cidade de Antioquia na Lagoa de Antela, antes chamada Lago Béliu ou Beão; a cidade de Valverde de Lucerna na Lagoa da Seabra; a cidade de Doninhos perto de Ferrol; a cidade de Béria sob a Lagoa de Cospeito; a cidade submersa da Lagoa de Macide, perto do Carvalhinho; outra na Lagoa de Traba; na Lagoa de Lucença, etc...
Mas também para mais ao Norte do nosso País, na Bretanha armoricana temos a lenda da cidade de Ys ou Is a qual também foi assolagada por ser uma cidade por baixo da linha costeira e afastada por diques que não puderam conter o mar um malfadado dia. Acrescentariamos a cidade assolagada da Baia de Cardigan, em Gales; a cidade submersa do lago de Lough Neagh em Irlanda; a do Reino perdido baixo as águas de Lyonesse em Cornualha...
Na maior parte destas lendas a protagonista feminina acaba convertendo-se em sereia. Ela é a que causa o mal à cidade pelo seu comportamento incorreto alheio a toda norma moral que traz a desgraça perante as tentativas do seu pai, o Rei.
Também em todas elas há uma história similar de castigo divino aplicado contra a ilha porque esta usava no seu governo a corrução ou como falavamos antes a corrução nos comportamentos morais de algum ou alguma das protagonistas, o que gera uma ação divina de limpeza perante esse pecado ou a falta de retidão dos seus governantes.
Todos estes elementos cristianizados com o tempo são os que chegam aos nossos dias, ocultando elementos pré-cristãos que nos fornecem duma informação de muito interesse para o tema que nos ocupa e nos dá a conhecer um denominador comum que estimula a nossa curiosidade e nós leva a conclusão de que algo deveria de ter acontecido porque não seria lógica tanta coincidência se não tivesse existido algo realmente. O problema é a falta de dados suficientes que nos levem ao conhecimento da realidade.
Quero lembrar, falando nestas cousas, a conferência do nosso amigo Manuel Díaz Regueiro em Março do passado 2010 em Ourense falando sobre o “Labirinto Atlântico”. Nele falava como tema central nos petróglifos na Europa e a sua expansão desde a Galiza para o resto do continente.
Comentava Manuel entre outra cousas que durante a última era glacial o mapa da Europa incluía umas Ilhas Britânicas unidas ao continente do mesmo jeito do que o Rio Reno se prolongava pelo canal da Mancha paralelo às atuais costas de Inglaterra e França. Os rios Sena, Escalda e o Tâmisa, eram afluentes desse Reno que teria a sua foz em algum lugar entre a atual Cornualha e a Bretanha num imenso delta tão grande como o do Amazonas ou o do Nilo.
Manuel Regueiro insinuava que os petróglifos espirais tinham uma forma muito parecida à Atlântida rodeada de vários anéis de água e terra e fossos aquíferos. Comentava o nosso amigo que mesmo poderiam ser uma representação mitológica, idealizada dum evento de lenda que poderia estar na cabeça dos europeus daquela altura histórica e ainda de alguns povos americanos que herdaram essa tradição hagiográfica que perdurou em pedra até os nossos dias.
Do nosso humilde ponto de vista, se em algum lugar pôde ter estado a Atlântida, esse lugar teria sido a parte da Europa submersa pela subida das águas após a última glaciação. O lugar é para além das Colunas de Hércules como tinha dito Platão embora pensemos que não é rumo ocidente, mas rumo Norte.
O tamanho desse território seria continental e as terras seriam o suficientemente baixas como para se irem submergindo segundo os gelos se derreterem. É fácil pensar que alguns lugares supostamente habitados dessas regiões se protegeriam com grandes diques adequados à época histórica e à tenologia do momento, mais ou menos como hoje se protegem os chamados Países Baixos, mas qualquer problema natural poderia facilmente provocar uma catástrofe e isso ficar na memória da humanidade como algo digno de ser lembrado de muitas formas.
Se analisarmos a palavra Atlântis e desde o nosso pouco conhecimento que podemos ter destas cousas, vem-se-nos à cabeça uma união de três desinências: Art, Land e Is ou Ys. Todas elas explicáveis desde as línguas celtas:
  • “Art” está presente na palavra “ARTOS” que quer dizer “Urso” e que designaria a Ursa Maior, o lugar onde os antigos situavam o Norte. Daí “ártico” ou “ártabro” (*).
  • Land” é uma palavra também celta que originariamente significa “país de tojos, giestas e monte baixo” mas por extensão e ampliação de significado “país, região, território”. Da língua celta se passou, por exemplo, ao francês donde vem “Les Landes”. Mesmo tem o correlato germânico em “Land” que significa “país” (“Eng-Land” ou País dos anglos).
  • Is ou Ys é outra palavra celta que significa “terreno baixo ou sob o nível do mar”. A lenda da cidade de Ys nomeia-a de Ker-Is o Ker-Ys, isto é “cidade baixa”. Em atual bretão a palavra é Izel. Daí Breizh Izel, quer dizer, “Baixa Bretanha”.
Portanto a forma Atlântis seria uma forma helenizante de Art-Land-Ys que viria a significar algo assim como “As terras baixas do Norte”.
 Os bretães localizam estas terras por causa da sua lenda nas costas da Bretanha, concretamente na baia de Douarnnenez mas tendo em conta vários elementos, acho que tanto bretães como galegos, como outros povos celtas conservamos essa ideia muito vinculada com invasões vindas de ocidente, de Ilhas misteriosas de Poente (veja-se a história da Ilha de Ibrasil), de guerreiros que povoam países celtas porque as suas terras deixam de existir levadas pelo mar, de ilhas da eterna mocidade onde iam as almas dos mortos, etc...
Aliás as terras baixas foram todas aquelas que puderam ver-se submergidas pelas deglaciações, terras coincidentes com a plataforma continental europeia. Se a isto acrescentamos que ficavam ao Norte poderemos imaginar ainda territórios para Oeste da Irlanda, próximas à sua altitude e muito para Sul de Islândia e Gronelândia que bem puderam ter uma situação por acima do nível do mar e mesmo não estarem geladas por causa do Gulf Stream, corrente quente que ajudou muito a que as terras dessas regiões se vissem livres dos gelos, muito antes do que outras mais ao Sul, em épocas em que estavam em retirada.
Em 2001 o russo N. Zhirov após examinar a geologia, climatologia e a oceanografia desta zona da que falamos quis demonstrar que poderia ter existido um arquipélago no planalto de Rockall, atualmente submarino, tendo em conta que o mar há 12.000 anos aproximadamente estaria na zona a mais de 130 metros por baixo do nível atual.
A dia de hoje há um penedo isolado no meio do mar nessa zona. Esta rocha situada para Oeste de Grã-Bretanha, aproximadamente a quase 350 km da costa de Gearraidh Hogh, aldeia escocesa do N.W. do País e a 420 km de Donnegal em Irlanda. Este penedo é bem conhecido pelos marinheiros, tem origem vulcânico e a sua posse está discutida entre a Islândia, Irlanda, Reino Unido e Dinamarca.
Muito perto estão os Montes Darwin, cordilheira submarina coralina a perto de 185 km (100 milhas náuticas) do Cabo Wrath (Am Parbh ou An Carbh em gaélico escocês) em Escócia.
 http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2167731/Britains-Atlantis-North-sea--huge-undersea-kingdom-swamped-tsunami-5-500-years-ago.html
(*) Lido, por exemplo, desde o bretão “Art Vro” significaria “Pais do Urso” quer dizer, “Pais do Norte” onde “Vro” é país e “Art” é urso.
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