Por Carolina Horstman e José Manuel Barbosa
O 17 de
maio foi muito longo. Acordamos por volta das 5:00 horas da manhã porque a
viagem exigia pontualidade, preceito que cumprimos quase escrupulosamente.
Almoçamos algo ligeiro para podermos com o corpo, tomamos um duche e
vestimo-nos a uma velocidade que não seria normal num dia do comum. O carro
aguardava-nos na garagem depois duma semana de muito trabalho. Saímos e sem
demoras nem pausas entramos na autovia Ourense-Santiago onde viajamos com pouca
equipagem: uma mochila com roupa, a minha saca do diário onde levo as cousas
pessoais e uma sacola.
O aeroporto estava cheio como sempre mas ainda assim e depois de arrumarmos num lugar fácil arranjamos as cousas para podermos estar no avião no tempo previsto. Sempre me surpreendeu o controlo que ultimamente gastam antes de entrarmos no aparelho. Controlo que significava que tivesse que tirar as minhas botas, o casaco, o cinto e todo o metal que eu levava no corpo para eles saberem se é algo que possa ocasionar perigos a este sistema em descomposição...Não sei a que lhe temem. Vão cair, controlarem ou não.
O aeroporto estava cheio como sempre mas ainda assim e depois de arrumarmos num lugar fácil arranjamos as cousas para podermos estar no avião no tempo previsto. Sempre me surpreendeu o controlo que ultimamente gastam antes de entrarmos no aparelho. Controlo que significava que tivesse que tirar as minhas botas, o casaco, o cinto e todo o metal que eu levava no corpo para eles saberem se é algo que possa ocasionar perigos a este sistema em descomposição...Não sei a que lhe temem. Vão cair, controlarem ou não.
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O José
André e a sua filha Íria levaram-nos até Alcalá de Henares, onde fizemos um
lindo passeio pelas ruas da vila. Alcalá ou talvez Al-Kaláh, a fortaleza em
árabe....
Vimos as
pegadas árabes e judaicas, vimos os edifícios de tijolo, as ruas da parte velha
duma formosura muito especial. Visitamos a casa onde supostamente nasceu Miguel
de Cervantes, o escritor de origem galega do Quixote, vimos os palácios que nos
transladavam no tempo a épocas dos Reis Católicos de infeliz memória para os
galegos, o palácio do arcebispo, o pelouro onde os réus cumpriam pena pelo
facto de serem muçulmanos, ou judeus, ou protestantes ou simplesmente por serem
contrários à política da Monarquia Hispânica... A beleza era uma cousa mas a
memória daquela intolerância tão castelhana era outra.
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A nossa
presença ali era por ser um 17 de maio, o dia das Letras Galegas e decidiram
celebrar o dia falando da língua, da sua história, ou mais concretamente da sua
pré-história. Algo que temos trabalhado um bocadinho.
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A
chegada a Santiago não se fez aguardar muito. Chovia e fazia sol à vez na nossa
capital o que convertia aquela manhã de sábado num lindo jogo de luzes e
sombras próprias dum formoso quadro impressionista..."Quando chove e faz
sol casam a raposa e o raposo" dizia a minha avozinha. Almoçamos num bar
próximo à ferradura e decidimos dar uma volta pela cidade aproveitando o jogo
de luzes com o fim de nos mergulharmos na energia da nossa Terra Galega.
Apanhamos o carro e voltamos para a casa. Ali nos aguardavam o nosso Lucas, o
nosso inteligente mastim e o David que ficou na casa guardando do nosso
guardião. Fomos comer churrasco perto de Chantada e ao chegarmos à casa, por
volta das 17:00 horas, apanhamos a cama e dormimos seguido até o domingo as
8:00. Quinze horas de sono. Não esteve mal.
Um fim de semana completo,
intenso, lindo, pelo qual agradecemos ao Presidente da Associação Galega
Corredor do Henares José André Lôpez Gonçâlez, a sua esposa Carmen, a Iria a
filha de ambos e ao Iago Rios....... e obrigado a todos os amigos e amigas
galegxs de Alcalá por tão lindo fim de semana, pela sua companha, pela sua
atenção e pela assistência à nossa humilde palestra, especialmente a Javier Franco. Aguardamos nos vermos
novamente.
A pré-história da Língua 1A pré-história da Língua 2
3 comentários:
Obrigado ficamos nós, os teus amigos, já para sempre, da Associação Galega Corredor do Henares. Foram umas horas amigáveis, carinhosas a mais não poder. Fortíssimo abraço para ti, caro amigo e companheiro e um terno beijinho para a queridíssima Ro. Ela é encantadora! Volta por cá quando quiserdes, sereis sempre bem-vindos nesta a vossa casa.
José André Lôpez Gonçâlez
Obrigado! Sei-bem que aí está a nossa casa para sempre porque a casa dum próprio está ali onde há calor humano.
Beijos grandes e um forte abraço da Ro e meus.
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