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quarta-feira, 16 de junho de 2021

As Bandeiras ibéricas. Catalunha: Capítulo 2:

 


A seguir, continuamos com a descrição das bandeiras das CCAA do Reino da Espanha e a história das mesmas. Trataremos as bandeiras de Catalunha, Ceuta, Canárias e Cantábria:

Catalunha: A bandeira histórica de Catalunha é a tradicional da Coroa Catalano-Aragonesa com fundo amarelo e quatro faixas de cor vermelho atravessando o campo de maneira horizontal. A sua origem está no escudo das linhagens dos Condes de Barcelona. O primeiro testemunho histórico do sinal das quatro faixas aparece em um selo de cera que valida um documento datado de 2 de setembro de 1150, e no qual Ramon Berenguer IV é representado carregando essa simbologia no seu escudo. De qualquer maneira há representações pré-heraldicas da simbologia do vexilo das quatro faixas, como por exemplo as pinturas dos túmulos condais da catedral de Girona de Raimon Berenguer II (1053-1082) e Ermessenda de Carcassonne (972-1058).

Há também que lhe dá uma origem carolíngia, relacionada com a auriflama que servia de pendão imperial, com as suas cores e com um certa estética, mas a lenda que lhe dá origem à Senyera Reial, é de origem valenciano, narrada por Pere Antoni Beuter em uma Chronica General de España, na sua segunda parte, feita em castelhano no século XVI. 

Auriflama carolíngia

Nela fala dos factos acontecidos, precisamente, na Catalunha Carolíngia do século IX, quando o país fazia parte da Marca Hispânica e o Conde de Barcelona, Guifré el Pilós, último conde que recebe o condado dos reis carolíngios e o primeiro em dá-los em herança aos seus filhos, portanto, base da Casa Condal de Barcelona e base da soberania política do que posteriormente seria Catalunha, marca com quatro dedos da sua mão, pintados com o seu sangue, o escudo dourado que portava na batalha contra os normandos. A presença do rei carolíngio de nome Luís, embora não identificado com o seu ordinal, é fundamental nesta narração lendária, pois, após ser abatido o Conde pelos normandos e ferido na batalha, Guifré pede ao seu Imperador Luís que lhe forneça um escudo de armas. O rei aproximou-se dele e molhando os dedos da mão direita do nobre catalão na ferida sangrante levou -os de arriba a abaixo do escudo dourado do Guifré dizendo-lhe: Estas vão ser as vossas armas, Conde.

Senyera Reial

Em tempos modernos e localizada a sua origem em 1918, é conhecida a chamada estelada, bandeira independentista catalã que acrescenta às quatro barras vermelhas sobre fundo amarelo, um triângulo azul e uma estrela branca de cinco pontas dentro do triângulo, seguindo o modelo cubano. O seu criador foi Vicenç Albert Ballester, presidente do Comité pro-Catalunha que dava apoio ao Comité Nacional Catalão que visava uma representação de Catalunha dentro da Sociedade das Nações (antecessora da ONU) que se estava a criar em Suíça criou a bandeira no contexto histórico do final da I Guerra Mundial, a popularidade das independências dos novos países europeus saídos do afundamento do Império Austro-húngaro, do Império Russo e a política internacional levada a cabo pelo presidente dos EUA Woodrow Wilson com os seus 14 pontos que punham na moda o princípio de autodeterminação dos povos.

Estelada Blava, bandeira do movimento independentista catalão

Esta bandeira tem vários modelos segundo os partidos e as diferentes ideologias políticas, variando na sua estética as cores do triângulo e da estrela. Nao incluímos essas variantes por ser a chamada Estelada Blava a que vai triunfando sobre o resto de esteladas.

Posteriormente, já em épocas recentes, o genealogista catalão Armand de Fulvià i Escorsa, presidente da Instituició Catalana de Genealogia i Heràldica e assessor da Generalitat em materia heráldica e vexilológica, diz que a autêntica bandeira dos Países Catalães é a das quatro barras vermelhas, arguindo que todos os países catalães têm uma representação particular da bandeira comum e sendo o Principado o único território que não tem um particular. É assim que diz que ao Principado poderia-lhe ser reconhecida a sua própria bandeira identificando-a com a simbologia do Condado de Barcelona que inclui a Cruz de São Jorge. Mas é finalmente a estelada a que vai ocupando um espaço comum a todos os Países Catalães como bandeira de conjunto.

Bandeira do Principado com a Cruz de São Jorge ou Creu de Sant Jordi.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Catalunha-Valência e Galiza-Portugal....




Por José Manuel Barbosa

Vendo o video que apresentamos, ocorrem-se-nos algumas cousas que indicamos a seguir:


1-Defensores da ideia de galego e portugues serem duas línguas diferentes, há na Galiza. Essa gente está apoiada pelo partido que tem nas suas maos o poder político, mas também pelos que exercem a oposicao e ainda por muitos que se dizem nacionalistas... Em tempos eram muito agressivos... hoje sao muito mais calmos porque nestes últimos 30 anos os reintegracionistas levamos trabalhando muito com paciencia, fazendo-nos perceber apesar da falta de informacao, contra um ensino que deforma, contra a falta de democracia real existente no nosso ambito político... por isso somos mais aceites e por ser a maldade da praxe política linguística do poder muito evidente...


2-Associações "blaveras" como a que nos apresenta o vídeo também há ou parecidas. A diferença entre elas é que "Lo Rat Penat" defende o "valenciano" como língua diferente mas a "GB" defende simplesmente a morte do galego e a supremacia social, legal e política do castelhano.
3-O racismo antigalego também é real em territórios muito vinculados a nós como é a Astúrias. Quando por termos pertencido ao mesmo espaco histórico-político e geo-estratégico deverião e deveríamos sentir um vínculo maior. Nisso nós compararmo-nos-iamos aos catalães. Nós pessoalmente temos vivido situações de desrespeito, de maldade, de acosso e de racismo em Astúrias da mesma forma que muitos catalães sentem em Valência. Por outra parte o sentimento de racismo anti-português também se deixa sentir em determinados elementos da sociedade embora neste caso essa realidade tende a desaparecer. Quando eu era neno ou mesmo adolescente entre certa classe de pessoas a palavra "português" era insultuosa... Hoje essa palavra não se usa embora o galego se aproximar ao português seja um descrédito e um desmerecimento.
4-A fundamental diferença é que a Catalunha tem consciência e conhecimento de que Valência é parte cultural e historicamente política do seu pais.... cousa que Portugal não tem na mesma medida com respeito à Galiza. Catalunha luta por uma Valência próxima mas Portugal não luta por uma Galiza próxima ainda tendo um Estado independente que não exerce a sua independência. Outra cousa é o povo português grande prejudicado pela situação, igual do que o povo galego. O Estado português não merece o grande povo que tem... Outra diferença é que os média catalães apresentam ao povo catalão um conflito real que apresenta um problema existente em Valência com a língua comum a ambos povos duma visão sociolinguística que visa compreender a realidade, com amor, proximidade, perplexidade e com a vontade de que isso não deveria acontecer, mas o tratamento que Portugal (não) faz, não é pedagógica na mesma medida com o mesmo problema na Galiza. A causa pela qual Portugal não age na mesma medida pensamos que é por submissão e medo real de Lisboa a Madrid. Portugal tem a sua independência desde há mais de 800 anos e poderia agir livremente, não faz isso... mas a Catalunha que ainda não conquistou a sua independência age de forma mais livre, independente e mesmo digna do que o Estado Português. Insisto em que outra cousa diferente é certa inteletualidade portuguesa positiva com a Galiza ou o próprio povo português que quando toma contato com a realidade galega desseguida sente a solidariedade e a irmandade obrigada e necessária nestes casos... exceto alguns personagens com deficiências educativas ou inteletuais que também por sentimento de inferioridade gritam "Viva Madrid" ou apoiam infelizmente o iberismo como solução para o seu país.
5-No Reino há um tratamento racista contra os galegos. Para os nacionalistas espanhóis mais conservadores, (não incluo os "gallegos" evidentemente),  os galegos são parvos porque são humildes e trabalhadores mas também faltos de inteligência, defetuosos de raiz, ambíguos, faltos de sinceridade, tontos e submissos... Se os espanhóis são de pensamento político "progressista" ou de "esquerda" também para eles os galegos são parvos por apoiarem um governo tão evidentemente anti-galego e mesmo chegaríamos a partilhar o resto das "qualidades" caraterológicas que se nos atribui. No entanto não conheco semelhante tratamento contra os valencianos. Eles não são parvos para o indivíduo "cañí" de nenhum ponto de vista... apesar de terem o mesmo poder assentado no Pais Valenciano e nas mesmas condições políticas desde há quase o mesmo tempo do que na Galiza, apesar de o povo sofrer as mesmas doenças socio-psicológicas de auto-ódio, de falta de identificação com o seu ser histórico, geo-estratégico, linguístico, cultural e étnico, por não falar da realidade corruta e caciquil do seu poder político apoiado por um eleitorado de inteligência similar e com um mesmo grau irresponsabilidade.

6-Se o assunto é tão similar é que está cozido na mesma cozinha...Onde está essa cozinha? Em Compostela? Na cidade de Valência? Achamos que não. Achamos que está em Madrid... e a gente que sofre este tipo de experimentos psico-sociológicos que visam destruir uma realidade nacional como a galega ou a valenciana são gente mentalmente debil que nem tem consciência, nem quer saber, nem leva o esforço de pensar..



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