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terça-feira, 27 de julho de 2021

As Bandeiras ibéricas. Ceuta, Canárias e Cantábria. Capítulo 3

 


Ceuta: Em origem, o território ceutense pertenceu à Diocese da Hispânia romana com capital em Emérita Augusta, para posteriormente existirem dúvidas a respeito da sua pertença o reino visigodo de Toledo ou não. Há algum historiador que defende essa realidade pelo facto de ser nessa cidade onde se originaram as circunstâncias, basicamente lendárias da entrada dos muçulmanos na Península e ser desde aí que os barcos de Tárique e Muça enviaram as suas tropas para a conquista do que posteriormente foi denominado Al-Andalus.

Séculos mais tarde, já no século XV e no contexto do final da reconquista cristã da Península, ficando configurada a mesma com cinco entidades monárquicas, a saber: Portugal, Coroa de Castela, Navarra, Coroa de Aragão e Reino Nacérida de Granada, é que o Reino de Portugal, decide lançar-se às descobertas perante o obstáculo da Coroa Castelhana ocupar todo o seu território fronteiriço e precisar uma saída ao mar para viabilizar económica e politicamente o país. É assim que os portugueses começam a sua expansão ultramarina pelo norte de África, onde está situada a próspera cidade de Ceuta que junto com Gibraltar abrem as portas do Mediterrâneo e obstaculizam a entrada de possíveis piratas provenientes das regiões otomanas, árabes e do sul da Europa à vez que abrem caminhos comerciais com todos os países mediterrânicos. A cidade tinha tradição de pertença a diferentes poderes políticos peninsulares, pois pertenceu ao domínio andalusi durante muito tempo, para passar a depender da Taifa de Múrcia no século XIII e ao da Granada Nacérida desde 1305.

Os grupos economicamente dominantes em Portugal procuravam novas vias de expansão económica e roteiros comerciais que favorecessem o seu progresso à vez que a ideologia religiosa da época percebesse como um valor supremo a expansão do cristianismo por regiões onde não se praticava a obediência a Roma. A política obrigava, igualmente, a antecipar-se a qualquer ação castelhana que tentasse olhar para Ceuta com ambições territoriais de controlo do Estreito e da passagem ao Mediterrâneo. Assim, um contingente militar conformado por um exército de aproximadamente 20.000 soldados de origem português, galego, inglês e basco saiu de Lisboa em Julho de 1415 com destino a Ceuta que foi conquistada entre 21 e 22 de agosto desse ano sem muita resistência por parte dos problema. Como os barcos tinham saído de Lisboa, a bandeira que tinham consigo era a bandeira da capital portuguesa, que foi içada no alto das muralhas de Ceuta pelo lisboeta João Vasques de Almada que posteriormente ficaria como governador da cidade. Foi desde Ceuta que os portugueses progrediram na conquista dos territórios costeiros africanos e continuaram até as grandes descobertas do século XV e XVI.

Fez parte de Portugal, posteriormente, mesmo durante a época filipina, que foi administrada desde Lisboa. Durante os acontecimentos que precederam a revolta contra os Filipes em 1640, a cidade não proclamou como o seu soberano o Duque de Bragança, como o resto de Portugal. Foi em 1668 quando foi reconhecida a independência de Portugal por meio do Tratado de Lisboa, quando definitivamente Ceuta continuou sob a soberania castelhana, até hoje que é pertencente ao Reino da Espanha.

A bandeira ceutense está gironada de oito peças, alternando as suas cores em branco e preto, exatamente igual do que a bandeira de Lisboa, da que difere porque o vexilo da cidade africana contém no centro do seu campo o escudo das armas do Reino de Portugal tal e qual se usavam na época da conquista rematado com a coroa marquesal. É conhecida como Bandeira de São Vicente ou Bandeira de Lisboa por ser similar a da Capital de Portugal.

 
Bandeira de Ceuta

Canárias: Como colónia espanhola que foi desde a sua conquista pelos castelhanos finalizada em 1496, Canárias teve inicialmente uma bandeira que tem a sua origem no estandarte real criado pela administração conquistadora em 1561. Esta bandeira estava composta por três faixas verticais branca, azul e amarela com uma cruz latina em vermelho.  

Esta bandeira seria substituída ano mais tarde pela bandeira azul com cruz de Santo André similar a escocesa em 1845, criada igual do que a atual bandeira galega a partir das contrassenhas portuárias da Marina espanhola. Foi oficial desde 30 de julho de 1845 elaborada em Madrid e confirmada, igual do que a bandeira galega atual pelo Capitão General da Armada Ramón Romay. A sua feição estava feita sobre fundo azul com uma cruz de Santo André ou Cruz de Borgonha em branco. Só posteriormente, a partir de 1867, quando a província marítima das Canárias é dividida em duas províncias, nomeadamente, Santa Cruz de Tenerife e Gran Canária, é quando esta bandeira passa a representar unicamente a primeira delas e finalmente é em 1989 quando passa a identificar a ilha de Tenerife, deixando outras representações diferentes para cada uma das outras ilhas do arquipélago.

O tempo e a consciência nacional canária criam a necessidade de uma bandeira nacional, que é elaborada pela primeira vez em 1927 e confecionada pelo Ateneu de la Laguna. Seria adotada pelo PNC (Partido Nacionalista Canário) fundado em Cuba. Esta bandeira estaria feita sobre fundo azul, com sete estrelas brancas de cinco pontas, representativas, cada uma delas de cada uma das sete ilhas que conformam o arquipélago. 

Mas é a partir dos inícios dos anos 60 quando o Movimento de Canárias Livre decide recriar a bandeira tricolor, branco, azul e amarelo, fundindo as cores das bandeiras das províncias de Tenerife e Las Palmas, recordando a primeira bandeira de 1561. Inicialmente a faixa do meio, de cor azul tinha o duplo de largo do que as outras duas faixas.

Mas em 1964, o MPAIAC (Movimento pela Autodeterminação e Independência do Arquipélago Canário) reforma a bandeira, convertendo o azul obscuro da faixa central da bandeira do MCL em azul celeste e as três faixas do mesmo tamanho. No centro do corpo da bandeira, coincidente com a faixa azul celeste, sete estrelas verdes em círculo, que representam a cada uma das ilhas. A autoria, deve-se a Antonio Cubillo, líder do MPAIAC. A dia de hoje é uma bandeira assumida pela população canária como própria. Atualmente, a bandeira oficial do arquipélago inclui o escudo de Canárias.

 Finalmente, com a conquista da autonomia, a bandeira canária torna-se oficial, mas as cores sao ligeiramente diferentes, diferenciando-se especialmente a faixa centra, que fica com o azul obscuro dos inícios mais o escudo das ilhas no centro do corpo vexilar.

Parece um caso de colonialismo não resolvido por parte do nacionalismo canário pela adoção da bandeira da colonização, com a diferença de que a gestão política das ilhas tem estado sempre nas mãos dos crioulos descendentes de Europeu, pelo que parece que alguém poderia justificar a assunção da bandeira colonial por esse facto.

Cantábria: O caso cântabro é paralelo ao caso galego no que diz respeita da assunção da bandeira proveniente da Província Marítima de Santander como bandeira da Região autónoma. Apesar de que houvesse quem tenha defendido a anterioridade da origem dessa bandeira branca e vermelha disposta em duas faixas exatamente igual a de Polónia, acabou demonstrando-se que, como no caso da bandeira autonómica galega, a bandeira de Cantábria nasceu em 1845, para identificar os barcos matriculados no porto da sua capital. 

Mas neste caso também há uma diferença que dignifica o caso cântabro e diferencia do caso galego, pois existe uma outra bandeira que representa o estandarte militar conhecido pelos romanos como Cantabrum de historicidade bem documentada e popularizado na própria Cantábria durante os últimos anos, ate o ponto de ser reconhecido oficialmente como uma segunda bandeira pelo Boletim Oficial do Parlamento Cântabro em 7 de marco de 2016.

A cor da mesma e magenta ou fúcsia figurando no meio o lábaro cântabro que resulta duma decoração geométrica áurea, isto é, de cor ouro, com um circulo rodeado de quatro meias luas enfrentadas duas a duas.

Há ainda uma variante alternativa mais ancestral, elaborada com duas cenefas e uma circunferência rodeando as crescentes do lábaro, simulando o famoso lábaro de Barros. Nas partes superior e inferior do corpo da bandeira conjuntos de vinte cruzes em forma de X, simulando o cosido dum vexilo de coiro pré-romano.

Mas ainda há mais propostas vexilológicas dentro de Cantábria: A associação cantabrista ADIC (Associação de Defesa dos Interesses de Cantábria) autentica inteligentzia cantabrista e da qual saíram vários partidos políticos, fundada em 1976 pelo próprio Miguel Angel Revilla, atual Presidente de Cantábria propôs no seu dia uma bandeira diferente a "polaca" e esta era com três faixas verticais à moda francesa com as cores dispostos verde, grisalho e azul dispostos de esquerda a direita. Foi proposta durante os anos 70 mas foi preterida em favor da bandeira oficial atual.




sexta-feira, 28 de maio de 2021

As Bandeiras ibéricas. Andaluzia, Aragão, Astúrias e Baleares. Capítulo 1

 

Em textos anteriores temos manifestado a nossa opinião relativamente à adoção da bandeira da faixa azul como bandeira galega representativa do nosso país. A minha argumentação vai baseada na sua origem como distintivo militar da armada espanhola, facto que partilhamos com a bandeira de Cantábria, mas que a diferença desta última, a galega foi modificada na sua feição original, branca com uma aspa de Santo André azul, pelo governo de Isabel II de Bourbon por pedido do Império Russo para não ser confundida com a bandeira da armada russa.

A seguir acrescento umas nótulas relativamente às origens das distintas bandeiras das restantes Comunidades Autónomas do Reino da Espanha para podermos comparar com o nosso caso e vermos a oportunidade do caso galego de sermos representados por uma bandeira cuja origem não radica no povo galego, nem na tradição simbólica galega ou qualquer instituição favorável à nossa consideração como nação.

Iremos vendo cada uma das Comunidades por ordem alfabético:

 
Andaluzia: A Arbonaida ou لبُلَيْدة , pronunciado /al-bulaida/, que  significa país pequeno em árabe andalusi. A primeira referência de um vexilo andaluz de cor verde é de 1051 em um poema do Vizir da Taifa de Almeria Abu Asbag ibn Al-Arqâm que a faz aparecer na Alcaçaba da cidade de Almeria mas a sua origem parece estar no turbante verde de Abderramão I, que o tinha como o símbolo dos Omíadas e converteu em pendão na batalha de Al-Musara em 751. 
(Bandeira içada na Taifa de Almeria em 1051)
 
Esta referência seria uma das primeiras que existem de uma bandeira ou pendão na Europa e portanto, não seria excessivo acreditar no facto de ser a bandeira andaluza uma das mais antigas do nosso continente, quando não a mais antiga.
(imagem: www.paginasarabes.com)
Uns anos depois, na Batalha de Alarcos (1195), os almóadas do Sultão Abu Iúçufe Iacube, após a vitória das suas tropas contra os castelhanos de Afonso I de Castela (VIII, segundo o cômputo historiográfico espanhol) penduram do minarete da Mesquita de Sevilha dous estandartes: o verde como representativa de Al-Andalus e outro branco, símbolo e cor do Império almóada. 
(Bandeira da Batalha de Alarcos em 1191)
 
É na conquista de Granada em 1492 quando a maior parte da vexilologia incautada aos exércitos do Reino Nacérida de Granada contêm o branco e o verde, atualmente exposta em lugares públicos de Córdova ou de Sevilha.
Posteriormente, em 1521, aconteceu em Sevilha o chamado Motim do Pendão Verde que ergueu em armas a população mourisca contra a autoridade castelhana pela situação de falência da cidade e o preço dos alimentos ao que tinha levado a política da Coroa de Castela.
 
(Bandeira do Motim do Pendão Verde de 1521)

Estas cores, verde e branca, foram também usadas na rebelião que o Duque de Medina Sidónia levou a cabo contra os Áustrias pela independência de Andaluzia em 1642 mas a referência que temos é que foi um dos seus aliados quem a portou, o líder dos mouriscos, Tahir Al-Horr, nas regiões orientais andaluzas, obrigados poucos anos antes ao exílio ou à conversão ao catolicismo. Como sabemos, a rebelião foi sufocada por Filipe IV mas a simbologia perdurou na imaginaria andaluza.
Finalmente, é Blas Infante, pai do nacionalismo andaluz apresenta em 1918, em assembleia celebrada em Ronda o projeto de bandeira de Andaluzia com a feição que hoje conhecemos. O projeto é aprovado e assim adotado desde esse momento. Blas Infante recorreu à memória histórica para elaborar a arbonaida que é reconhecida como bandeira da nação andaluza desde essa altura, e oficialmente a partir do Estatuto de Autonomia de 1981 e posteriormente reafirmado pelo segundo Estatuto de Autonomia de 2007.
 
(Bandeira de Andaluzia com escudo)
 
Aragão:  O primeiro símbolo aragonês é o pendão do Eneko Aritza (Íñigo Arista para a historiografia espanhola), quem criou o primeiro reino vascão medieval cujo centro político estava ao redor de Pamplona mas que com o tempo ocuparia desde a atual CAV (Comunidade Autónoma Basca) e o atual norte de Aragão até Sobrarbe e Ribagorça. A sua base territorial foi a Marca Hispânica carolíngia donde agiu como ponte entre os cristãos francos e os muçulmanos dos Banu Qasi nas regiões do Ebro. O seu primeiro símbolo foi o pendão da Cruz de Eneko Aritza, de fundo em azur com uma cruz patada em branco e apontada no seu extremo inferior por estar vinculado o território à influência pamplonesa. Estamos a falar do século IX em que o Condado de Aragão surge como território fronteiriço com os muçulmanos criado pelos próprios reis carolíngios com fins defensivos, ocupando os vales dos rios Ansó, Echo, Aragão e Canfranc, que é o que lhe dá nome ao país. Aureolo ou Oriol foi o seu primeiro lider nomeado pelo próprio Carlos Magno. 
 
 (Bandeira com a Cruz de Eneko Aritza)
 
A união do Condado de Aragão com os Condados de Sobrarbe e Ribagorça criou em 1035 o Reino de Aragão que foi independente de Navarra. 
Durante os séculos XI e XII, Aragão aumentou em território e população a custo da Taifa de Saragoça embora os vínculos com Navarra levasse a uniões pontuais e a uma comunidade política de interesses comuns.
Foi em 1091 quando o rei Pedro I na batalha de Alcoraz derrota, com a oposição de Castela, aliada com a Taifa de Saragoça, a quatro reis muçulmanos na luta por Huesca. A lenda conta que a intervenção de São Jorge foi fundamental para a vitória cristã e foi a consequência desta batalha que mais de um século depois, um descendente do rei que conseguiu aquela vitória, neste caso, Pedro III, começou a usar a representação armorial que se considera privativa e propriamente aragonesa tendente ao espírito de Cruzada, típica da altura. Nela a cruz de São Jorge divide o corpo do escudo em quatro quartéis, cada um dos quais ocupado pela representação de uma cabeça de cada um dos reis muçulmanos vencidos nessa batalha por Huesca. Como os pendões ou vexilos têm a sua origem nas representações armoriais, consideramos que a bandeira originária de Aragão poderia ser esta, embora não tenhamos fontes que no-lo confirmem.
Anos mais tarde, a finais do século XV, quando Sardenha fazia parte da Coroa Catalano-Aragonesa, foi esta a bandeira adotada pela ilha até a atualidade.
 
(Bandeira da Cruz de Alcoraz)
 
Foi, finalmente em 1137, quando a herdeira do trono de Aragão, Petronila, casou com o Conde de Barcelona, Raimon Berenguer IV, configurando-se assim o que de agora em adiante vai ser considerado com o nome de Casal d'Aragó, Regno, dominio et corona Aragonum et Catalonie, Regnes d'Aragó, València i comtat de Barcelona ou a partir do século XVIII, já com os Bourbons, Corona de Aragón. A simbologia adotada há de ser a tradicional catalã da bandeira das quatro faixas em gules (vermelhas) sobre fundo ouro (amarelo). É o que se vai chamar Senyal Reial da Casa Condal de Catalunha.
É a partir do século XX e da constituição de Aragão como Comunidade Autónoma do Reino da Espanha que no Estatuto de Autonomia da região com categoria de nacionalidade é aceite a bandeira de Aragão seguindo a tradição simbólica catalano-aragonesa coincidente com a Catalunha. A distinção radica no escudo de cada uma das CCAA.
 


AstúriasA bandeira usada pelos primeiros reis que tinham a sua Corte no atual território asturiano é desconhecida documentalmente mas o arqueólogo da Universidade de Oviedo, Elias Carrocera, mantém que o primeiro vexilo ou estandarte que poderiam ter sido usado pelos primeiros reis cristãos após a ocupação muçulmana da Península, foi em ouro (amarelo) com uma cruz bizantina no centro em gules (vermelho) com a alfa e a ómega também em gules, segundo ele, as cores que representavam a igreja na altura e ainda as cores da auriflama imperial carolíngia.
 
Mais alguma informação temos, sobre a suposta bandeira usada pelo rei Ordonho I na Batalha de Albelda, a qual foi mitificada por Rodrigo Ximenes de Rada, gerando a lenda da Batalha de Clavijo na que supostamente, e segundo a narração fantástica do Bispo de Toledo, Ramiro I, pai de Ordonho I, venceu os muçulmanos na Rioja com a ajuda do Apóstolo Santiago. Há uma bandeirola no Museu do Exército, em Madrid, que se identifica como o vexilo em questão mas também podemos achar uma representação no Tombo A da Catedral de Santiago de Compostela. A imagem da bandeirola é a seguinte:
(Bandeirola da Batalha de Albelda mitificada como a Batalha de Clavijo)

As bandeiras recolhidas nos diferentes armoriais europeus durante a Idade Moderna apresentam uma estética na que o corpo está quartelado, onde no quartel superior esquerdo aparece a bandeira tradicional de Castela em gules e ouro, no inferior direito a bandeira tradicional de Leão e nos quartéis superior direito e inferior esquerda aparece sobre fundo em azur um graal galego em em gules com as cruzes também em gules.

Daí em diante as representações s
ão diferentes, fugindo da estética galega ou castelhano-leonesa. É durante a invasão napoleónica que Junta Geral do Principado organiza a resistência contra o francês e considerando que não tem bandeira, cria uma que modificada ligeiramente por Jovellanos deriva na atual bandeira azul com a Cruz da Vitoria em amarelo no meio. Em origem era com fundo em gules (vermelho) e a cruz da vitória em ouro (amarelo) com a legenda, também em ouro Hoc signo tuetur pius. Hoc signo vincitur enemicus cujo significado é Com este signo os pios são defendidos. Com este signo os inimigos são vencidos.


(Bandeira de Gaspar Melchor de Jovellanos)
 
Já posteriormente a bandeira de Jovellanos tomaria a cor azur com a mesma cruz da vitória em ouro (amarelo) e seria assim que se popularizou durante o século XX para ser reconhecida pelo Estatuto de Autonomia de dezembro de 1981.
 
 

BalearesAs referências que temos das bandeiras da Taifa de Maiorca ou de Dénia-Maiorca são desconhecidas para quem isto escreve. São conhecidas as ilhas com o nome de Al-Jazira al-Sharqiya li-l-Andalus mas uma vez aconteceu a conquista por parte de Jaume I el Conqueridor, o Papa designou um vexilo dividido horizontalmente em duas metades, vermelha a superior e branca a inferior:
 
Ainda que poucos anos depois, no Libro del conoscimiento de finais do XIV se nos descreve uma representação armorial ou vexilar composta de faixas verdes e pretas de difícil reconstrução a partir da narração.

O reino foi repovoado por catalães durante a sua pertença à Coroa Catalano-Aragonesa e portanto adotou a simbologia da monarquia regentes. Assim, a sua bandeira adquiriu as formas das barras vermelhas e amarelas mas com o elemento identitário insular do Castelo de Maiorca. Esta bandeira, em início estava quartelada, sendo dous dos quadrados representativos do senyal reial barrat e os outros dous representando o castelo em branco sobre fundo azul.
 

Atualmente a bandeira o balear está baseada na tradicional senyera cujo corpo está composto das tradicionais quatro barras vermelhas horizontais sobre fundo amarelo com um quartel na parte superior esquerda representando o Castelo de Maiorca em branco com cinco torres sobre fundo roxo.

 
 
Bibliografia e linkografia
Turbante verde de Abderramão: https://paginasarabes.com/2018/03/23/el-turbante-arabe-simbolo-de-poder-y-religion/
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