Por José Manuel Barbosa.
Sabido é que o mês de novembro é o mês no que os galegos celebramos o Magusto. Desta vez tivemos a oportunidade de recriar como poderia ser uma celebração desta festividade num passado mais ou menos longínquo e tentamos fazer. Com certeza que há de haver alguma falta ou algum erro mas esses vamos procurar ir limando isso pouco a pouco segundo vamos organizando mais. Queremos deixar com isto muito claro que tudo o que em Pitões fizemos nada tem a ver com qualquer ritual religioso legalmente constituído. Nem somos sacerdotes de nenhuma religião nem queremos sê-lo. Tentamos simplesmente reconstruir seguindo critérios de investigação mas nunca levarmos a cabo atos prescriptivos nem preceptivos.
Contamos-vos: A organização levou-nos semanas... mesmo meses e com a ajuda dos nossos amigos de Pitões e do grupo reconstrucionista Oinaikos Brakaroi onde os nossos também amigos Francisco Boluda e o Xavier Bobillo foram fundamentais no arranjo do evento. O primeiro que fizemos foi reunir à gente no Salão de Atos da Junta de Freguesia para dar-lhes um explicação do que é e significa o Magusto para nós, galegos e portugueses. Com um simples PDF demos uma visão do que para nós é a festa que nos outros países celtas recebe o nome de Samhain na Irlanda, Samhuinn, na Escócia, Hop tu Naa na Ilha de Man, Calan Gaeaf no Gales, Kalan Gwav na Cornualha, e Kalan Goañv na Bretanha) e os vínculos existentes entre todas as variantes atlânticas da festividade.
O positivo do assunto foi que mesmo a gente da aldeia quis recuperar nomes perdidos há milénios sentindo a chamada dos ancestrais e dum passado remoto que vive ainda no nosso subconsciente coletivo.
Acabados de explicar sobre o assunto e torcendo pela denominação de Magusto em vez de pelo nome incorreto mas muito popularizado na Galiza por causa do sistema de ensino "Samaín" procedemos a oferecer ao todos os participantes uma lista de nomes galaicos recolhidos nas aras achadas em época galaico-romana onde aparecem nomes de pessoas, tanto de género masculino como feminino, nomes como: Nicer, Klutamo, Kaitia, Maturo, Loucia, Atlos, Katueno Fronto, Avia, Boutio, Kaila, Klutamo, Ammia, etc... (comentar-vos que de agora em adiante eu sou Katuro).
Finalizamos o batizado por volta das 14:00 horas que foi quando na Taberna Terra Celta da Margarida e o Bruno pudemos desfrutar dum jantar (segundo a moda transmontana e galega mas pequeno almoço segundo o padrão) onde não faltou o presunto barrosão, os cogumelos, queijinho, alheira, caldo transmontano e picadinho de carne de vitela. Os participantes pudemos desfrutar das conversas e das não mesmos engraçadas tormentas de ideias próprias destes casos que nos levaram a acrescentar atividades para enriquecer e melhorar o evento.De tarde já e preparados os elementos com os que íamos trabalhar vimos aparecer o espetacular Sol de palha e cana que íamos queimar queimar essa noite.
Acabados de explicar sobre o assunto e torcendo pela denominação de Magusto em vez de pelo nome incorreto mas muito popularizado na Galiza por causa do sistema de ensino "Samaín" procedemos a oferecer ao todos os participantes uma lista de nomes galaicos recolhidos nas aras achadas em época galaico-romana onde aparecem nomes de pessoas, tanto de género masculino como feminino, nomes como: Nicer, Klutamo, Kaitia, Maturo, Loucia, Atlos, Katueno Fronto, Avia, Boutio, Kaila, Klutamo, Ammia, etc... (comentar-vos que de agora em adiante eu sou Katuro).
Finalizamos o batizado por volta das 14:00 horas que foi quando na Taberna Terra Celta da Margarida e o Bruno pudemos desfrutar dum jantar (segundo a moda transmontana e galega mas pequeno almoço segundo o padrão) onde não faltou o presunto barrosão, os cogumelos, queijinho, alheira, caldo transmontano e picadinho de carne de vitela. Os participantes pudemos desfrutar das conversas e das não mesmos engraçadas tormentas de ideias próprias destes casos que nos levaram a acrescentar atividades para enriquecer e melhorar o evento.De tarde já e preparados os elementos com os que íamos trabalhar vimos aparecer o espetacular Sol de palha e cana que íamos queimar queimar essa noite.
O simbolismo é a queima do Velho Sol, quer dizer, do ano velho. Ao lado dous crânios de vacas barrosãs que simbolizavam a prosperidade duma sociedade que vive entre outras cousas da ganadaria. Fizemos colares com castanhas e landras (bolotas) e fitas vermelhas para identificar no tempo o primeiro Magusto Celta de Pitões.
Chegados ao Largo do Eiró e já com o lume acesso chantamos o estandarte solar no meio da praça e preparamos a churrascada com febras, pão do Barroso, vinho, jeropiga e doces feitos pela nossa amiga Marta Delgado. A música do grupo de gaiteiros fez que a gente bailasse ao redor do Sol Velho ainda com algo de chuva sobre as nossas cabeças. Tivemos o temor de que a palha ficasse húmida impedindo que o Sol pudesse ser queimado. Foi por volta da meia-noite quando queimamos o Sol Velho (o Ano Velho). Ardeu dificilmente por causa da chuva mas ardeu. Posteriormente pudemos desfrutar do Celti-Rock de Pitões, com música de grupos de música celta.Contamos com o seguimento informativo da TV Barroso quem por meio do
nosso caro João Xavier e da sua equipa teremos informação pontual para
toda a região. Igualmente e por obra e graça da net também vamos poder
estar informados em qualquer outro lugar do mundo,... evidentemente,
também na Galiza onde com total probabilidade vamos estamos atentos já
que este tipo de
festividades têm por finalidade recuperar na medida do possível
aquelas tradições galego-portuguesas que nos vinculam à natureza, ao
nosso passado histórico comum e nos unem mais uma vez neste nos
O resultado final foi ótimo mas serviu também para que outros anos possamos adequar ritualmente e temporariamente o nosso evento com intuito de perdurar no tempo.