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domingo, 31 de março de 2013

II Jornadas das Letras galego-portuguesas em Pitões das Júnias (Montalegre)


Equipa do DTS (Desperta do teu sono)


O blogue despertadoteusono.blogspot.com tem a bem organizar para os próximos dias 11 e 12 de maio as II Jornadas das Letras galego-portuguesas. O programa inclui umas conferências, comidas de irmandade, poesia e visita a alguns dos lugares mais emblemáticos da Freguesia de Pitões e do Concelho de Montalegre.
Montalegre é o Concelho mais alto de Portugal e também o mais frio mas o calor das suas gentes e a beleza da sua paisagem é incomparável. Os próximos dias 11 e 12 de maio de 2013 hão de ser mais um motivo de encontro entre as gentes de ambas as beiras da raia cuja identidade comum se manifesta numa mesma forma de viver, de perceber a existência, duma mesma filosofia, uma economia tradicional idêntica e sobre tudo uma mesma origem céltica e galaica e de uma mesma língua. Para mergulhar-nos neste ente auto-sustentável que é Pitões e podermos desfrutar destas terras oferecem-se para a estadia lugares para a dormida e para a comida.
Abaixo o programa com os contatos necessários:

Organização e Matrícula:

José Manuel Barbosa 0034-637-47.48.33
Ro Palomera 0034-673-04.88.59
barbosa_gz@hotmail.com
ros@live.cl
 
Alojamentos e Restaurantes: http://www.cm-montalegre.pt/showPG.php?Id=119
As vagas para a matrícula nas II Jornadas são limitadas e a inscrição acaba o dia 8 de maio de 2013


O programa é:
Dia 11 de Maio Sábado (Hora portuguesa)

  •  12:00: Juntança de irmandade, convívio e jantar na casa de Turismo Rural do Padre Fontes "Nossa Sra dos Remédios em Mourilhe
  • 16:00: Apresentação em Pitões das II Jornadas das Letras galego-portuguesas. Temática: “Lugares mágicos da Gallaecia”.
  • 16:30: Momentos poéticos
  • 17:00: 1ª Palestra:: António Alijó: “Árvores e pedras mágicas do mundo celta.”
  • 17:45:  Momentos poéticos
  • 18:00: 2ª Palestra: Rafael Quintia “Geografias míticas da Galiza e espaços hierofânicos. Mitos, rito e crença”
  • 18:45: Momentos poéticos
  • 19:00: Visita turística pela aldeia de Pitões
  • 20:00: Ceia-Convívio na Taberna Celta
  • 22:00: Atuação do Bruxo Queimam e o Padre Fontes
 Dia 12 de Maio Domingo (hora portuguesa)

      • 10:00: 3ª Palestra: Santiago Bernardez: “Os "Annála Ríoghachta Éireann" e as relações entre a Galiza e Éire na Idade Moderna
      • 10:45: Momentos poéticos
      • 11:00: 4ª Palestra: Miguel Losada: “Os que termam do céu. Imagens da Sacralidade antiga ou quando o mundo era um templo.”
      • 11:45: Momentos poéticos
      • 12:00: Conclusões e encerramento.
      • 12:30: Momentos poéticos 
      • 13:00: Descanso
      • 14:00: Comida num restaurante da aldeia
      • 16:00: Roteiro e explicação pelos exteriores de Pitões



Vagas limitadas

Carxs, bem sabeis que as jornadas são de graça. Não cobramos por assistência mas o jantar do dia 11 de maio ao meio-dia na casa do Padre Fontes em Mourilhe não é obrigatório para a inscrição nas jornadas mas terá um custo de qual informaremos pontualmente (entre 15 e 20 Euros aproximadamente)


·        Pontos de interesse turístico de Pitões:

-A aldeia. Uma das mais bonitas e melhor conservadas de Portugal.
-As ruinas do Mosteiro das Júnias.

-A cascata de Pitões.

-A ermita.

-O Ecomuseu da Casa do Boi.

-O Forno Comunal, no que se coze às manhãs o pão.





Contatos:
Tasca do Açougue                         Nossa Sra Dos Remédios (Hotel rural)
Terreiro do Açougue                            5470-311 Mourilhe
5470 – 250 Montalegre                        Telef. 276510260
Telef.: 276511164                                 www.padrefontes.com
tasca@turibarroso.com                        hotel_mourilhe@iol.pt
Para dormir e comer                            Para dormir e comer

Taberna Terra Celta                       Restaurante D. PEDRO
tabernaterracelta@portugalmail.pt     5470-370 Pitões das Júnias
+351 960 316 315                               Telef.: 276566288

+351 917 666 876                               Para dormir e comer
+351 916 277 040.
Para Comer

Residencial O PRETO                       Abrigos de Pitões  
Telef.: 276566158                                 http://www.abrigosdepitoes.net
5470 – 370 Pitões das Júnias                Para dormir
Para dormir
 


Estamos na TvBarroso:


Aqui, aqui e também aqui
 
Colaboram:  
AGLP (Academia Galega da Língua Portuguesa)
Associação Pró-AGLP
Câmara Municipal de Montalegre 
Junta da Freguesia de Pitões dasJúnias.
PGL (Portal galego da Língua) e AGAL (Associação Galega da Língua) 

Taberna “A Corte dos Bois” emSandiães (Comarca da Lima-Galiza)
Taberna Celta de Pitões das Júnias
Casa de Turismo Rural “NossaSenhora dos Remédios” (Mourilhe-Montalegre)
Tasca do Açougue (Montalegre) 
BruxoQueiman

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ignorância e Poder.


Por José Manuel Barbosa

A história do ser humano é uma constante luta contra o desconhecimento na procura do saber e da ciência, o que converte a ignorância no elemento negativo a vencer mais importante de todos. O conhecimento e o saber dão poder, mas quem tem conhecimento e está à contra do poder político converte-se num herege, num apóstata e num subversivo. O autêntico poder sempre está na sombra e à vista estão pessoas na maioria das vezes medíocres e pusilânimes que mais do que nada estão para cobrir um vazio necessário e passar o tempo histórico que há que exprimir ao vulgo, mas quando realmente a lucidez e o poder se aliam é quando a história dá personagens que são autênticos pontos de referência para a humanidade; no entanto, aqui do que vou falar é de todo o contrário; vou falar da ignorância com poder, que é o mais comum e o que está mais presente no dia a dia, como no caso do primeiro presidente do Panamá, Amador Guerrero quem organizou um acto político de importância internacional o dia que o Canal de Panamá se abriu ao trânsito marítimo.
 O Senhor Guerrero convidou todas as delegações das armadas europeias à apertura do Canal em 1914, mas comprovou como alguns países não assistiam nem deixaram nada dito no que diz respeito da sua assistência, como foi o caso da Confederação Helvética. Incomodado, o Senhor Guerrero, e ofendido porque nenhum barco da Suíça tivera assistido a tão importante inauguração, deu ordem aos seus ministros para prepararem com toda a formalidade, uma declaração de guerra contra tão impertinente país. A final e não sem pouco esforço, conseguiram fazer-lhe entender que a Suíça não tinha frota, e muito menos militar.
            Outro caso absurdo de ignorância com poder foi o do primeiro delegado dos EEUU (não podia ser de qualquer outro país!) no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, Warren Austin, quem em 1948, quando se estabeleceu o novo Estado de Israel, a tensão política chegou a tal ponto que acabou em uma guerra aberta entre os hebreus e os palestinianos. O Senhor Austin pediu publicamente desde a ONU aos dous países que arranjassem o conflito “como bons cristãos”.

            Lembro também o caso que aconteceu em 1890 na Abissínia. O Negus, quer dizer, o monarca do país, Menelik II, teve conhecimento da invenção da cadeira eléctrica três anos antes por Harold Brown, um empregado da empresa que era gerida polo famoso Thomas Alba Edison. O macabro invento chegou ao conhecimento do Menelik que pensou que aquilo ia ser um autêntico símbolo do seu poder naquele pobre país, mas não se deu conta, nem sabia o bom do homem, que aquele instrumento de morte funcionava com electricidade, cousa que na Abissínia dos finais do século XIX ainda nem se sabia o que era. O Negus comprovou como aquela cadeira virava totalmente inútil para aos seus fins quando teve a oportunidade de tê-la presente. Por fim e para sair do assunto com certa elegância decidiu utilizá-la como trono.

            Vem-me à memória mais outro episódio não menos engraçado, e é que nos anos anteriores à primeira guerra mundial, o Sultão da Turquia Mehmet V deu ordem de capturar um grupo de mercadores austrohúngaros que penetraram no país legalmente para favorecerem as revoluções no Império Otomano comunicando com total liberdade e impunidade pelo país mensagens em clave para subverter o ordem político estabelecido. Quando o governo autrohúngaro por meio dos seus legados investigou o assunto, descobriu que os pobres mercadores vendiam bicicletas cujas dínamos eram capazes de realizarem um alto número de revoluções por minuto e as mensagens secretas não eram mais do que fórmulas químicas de farmácia para curarem pequenas feridas da pele.

            Pois bem, tudo o que acabamos de contar parece próprio de épocas obscuras nas que as culturas e as civilizações estavam ainda com os cueiros postos, mas é que o que vos vou contar agora aconteceu na Galiza “autoanémica” -como é que diria o nosso José Manuel Beiras-, do século XXI e é a notícia saída no jornal “La Región” de Ourense o passado dia 20 de Janeiro de 2006 na página 23. Nesse pequeninho artigo situado na margem da folha diz-se-nos que uma organização chamada FUNDEU (Fundación del Español Urgente) acentua o apelido FEIJÓO no primeiro “O” segundo a sua análise diária do uso da língua espanhola nos meios de comunicação e faz uma advertência de que o segundo apelido do político dos Peares do PP Alberte Nunes Feijó (Alberto Nuñez Feijóo) leva “tilde” -como se lhe chama em castelhano ao acento gráfico-. As razões são fundamentalmente de uso por parte da sua família pelo que anima a respeitar a grafia escolhida por eles.

            A nossa opinião é que a palavra “Feijó” é uma palavra galego-portuguesa, não castelhana, e que nós grafaríamos com um só “O” e com “J” proveniente da forma greco-latina PHASEOLU que teria por significado o mesmo do que Feijão de cujas formas é variante; seria o nome vulgar e extensivo que se lhe dá a umas plantas da família das leguminosas, com espécies, variedades e formas muito cultivadas e apreçadas na alimentação. Tem por sinónimo Fava e o seu correspondente castelhano seria “Frijol”, termo muito utilizado em alguns lugares de América.

            Não sei se essa fundação linguística defensora do idioma espanhol tem qualquer publicação onde nos aconselhar a utilização de formas tão espanholas como “Guáxinton” para a capital dos Estados Unidos; Yan Yaques Custó para o conhecido oceanografo francês; Roberto Xúman e Güilian Xespir para o famoso músico germano e para o literato inglês; Margarita Zaxer para a ex-primeira ministra britânica (ou Margarita Colmenero!! Que também poderia ser) ou Fransuá Miteján para o também ex-presidente francês. O que sim sabemos com segurança é que o Senhor Feijó não protestou nem contestou à Fundeu, mas nós desde a nossa modéstia, reivindicaríamos, desde o respeito à opção pró-castelhanista do chefe do PP galego e presidente da “Xunta de Galicia” a forma ALBERTO NÚÑEZ FRIJOL, para sermos justos e exactos e ajudarmos à coerência ideológica de tão preclaro e digno personagem.




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Capela Sixtina da Pátria Galega.



Por José Manuel Barbosa

Há quase quinhentos anos, Michelangelo Buonarroti completou com estéticos desenhos os teitos da Capela Sixtina, para que todo o mundo pudesse contemplar a beleza e a arte duma época que prometia ser interessante na história da humanidade. A partir daquela data, milhares....talvez milhões de pessoas puderam desfrutar com absoluto arroubo, tal magnificência e tal formosura saída da mente e da mão dum simples ser humano.
Tanta gente, tantos anos, tantas variações climáticas, tantas respirações dentro da capela, fizeram com que o cromatismo original e a beleza primigénia dos frescos que tanto escandalizaram os cristãos da época se fosse apagando pouco a pouco como se for uma aparição fantasmagórica depois da qual deveríamos esfregar os nossos olhos para comprovarmos se a visão foi real ou não.
Com muito bom critério, há somente uns anos, o Bispo de Roma, decidiu recorrer a um grupo de expertos restauradores de obras de arte para recuperarem a cor originária das pinturas à vez de limparem as impurezas de quase cinco séculos de descuido. Esta decisão provocou o posicionamento em favor ou em contra da recuperação dos frescos da capela. Por um lado estavam os que defendiam a ideia de deixarem como estava a Capela, com a consequente perda de nitidez e colorido de tão grande obra, que talvez acabaria num futuro, mais próximo do que longínquo, com a perda definitiva da criação do génio da Toscana. O argumento mais poderoso que se expunha era que a tal obra não se lhe podia tocar porque seria uma profanação do labor do mestre italiano. Seria melhor deixar que levemente e sem sentirmo-lo se fosse apagando até se perder para sempre e que ficasse como uma simples recordação duma época de harmonia estilística.
Por outra parte, estava o outro grupo de pessoas que defendiam a possibilidade da perpetuação e recuperação das pinturas por meio dum labor profissional, exato, experto, técnico e sensível. Estes julgavam que tal monumento bem valia um banho de carinho reparador e revigorizador qual se duma injeção de vitamina vital se tratasse, para que pelo menos a Capela pudesse resistir outros quinhentos anos de esplendor e que outros tantos milhões de seres humanos amantes da arte e da beleza pudessem sentir vivo o seu espírito na contemplação dos escorços buonarrotianos.
 Também há mais de mil anos, o povo galego fez, a partir da língua que os romanos trouxeram à Galiza mesclado com as falas populares dum povo celta que aqui habitava desde épocas ancestrais, um romanço formoso que servia não só para transmitir pensamentos ou sentimentos mas como instrumento criador duma cultura, duma forma de ser capaz de alimentar a alma de todos os seus utentes e igualmente manter uma identidade sólida como o granito. Posteriormente e quinhentos anos atrás, uns Reis cujos interesses eram os dum poder sediado no planalto castelhano levaram a cabo a “doma do Reino de Galiza”, ou a tentativa de castração nunca conseguida até agora, provocando nesta Capela Sixtina da nossa identidade uma contaminação e uma esclerotização que faria perder o seu colorido originário que se ia apagando lentamente, desviando-se durante vários séculos do seu caminho natural, seguido em troca, de forma perfeita e com muito sucesso no Reino de Portugal.
Como aconteceu nos frescos da bela Capela Sixtina, o nosso idioma na Galiza foi perdendo viveza por falta de cultivo, foi deturpando-se subtilmente como se duma rosa cortada da roseira mãe se tratasse, vendo-se privada do alimento que lhe fornecia a chispa vital.
Hoje, na época em que a humanidade começa um nova e longa etapa de tomada de consciência de si própria, época em que a liberdade é um bem supremo ao lado do conhecimento científico, abrindo-se passagem por todo o orbe, momento em que a mente humana começa um importante período de expansão, época no que as palavras "humanidade", "irmandade" e "consciência" se estendem por todo o planeta, também na Nossa Terra é momento de tomada de posicionamentos: Por uma parte os que querem deixar as cousas tal qual estão, sem modificar o mais mínimo, aceitando a contaminação e a deturpação provocada por séculos de maltrato dirigido por uns interesses que nada têm autótones. Este posicionamento de aceitação da língua dos galegos sem mudanças, faz que caiamos no perigo da perda e da desaparição da língua, perdendo com isso todo o benefício que traz consigo ao pertencermos a uma civilização da qual somos Matriz, renunciando à apertura de caminhos para a prosperidade e a reafirmação da identidade.
Pelo contrário, os que julgamos que a nossa língua, ao igual do que a Capela Sixtina, deve recuperar o seu colorido originário, o seu brilho, o seu esplendor e a sua beleza, não compreendemos como se pode ser tão negativo e tão desleal com o nosso pensamento desde posicionamentos institucionais, impedindo a chegada do nosso discurso, impedindo a transmissão do conhecimento científico, da livre circulação de ideias, do direito à discrepância...no mais puro estilo da Europa medieval e teimando por levar à fogueira as bruxas que defendem não só uma forma de perceber o que nós chamamos português da Galiza mas também as bruxas que mesmo defendem o direito a que um povo como o nosso possa educar os seus filhos numa língua que abre as portas de quase 300 milhões de seres humanos por todo o mundo.
O nosso idioma merece um repasse restaurador com mão amorosa para que possa sobreviver e poder-se livrar dos grandes sáurios que levam o guiador da nossa Pátria para que fiquem na obscura gaveta dos pesadelos.
Aqueles que desde estamentos oficiais –e não só- apoiam que a língua continue como está, apoiam um projeto dirigido desde Madrid que só procura a nossa eliminação como povo. A Galiza não é querida por Madrid, não é amada, nem é aceitada. Faz parte dum Estado que a possui como um marido maltratador ou como a pressa dum vampiro que quer sugar o seu sangue, que quer se aproveitar dela sem dar nada de volta. Existe uma falta de respeito constante e continuado na não aceitação da Galiza que chega ao ponto de contagiar a muitos galegos com certa debilidade inteletual, criando neles uma síndroma que faz deles uns seres desnaturalizados e enfermos que se odeiam a si próprios e os sinais identitários que nos individualizam. Acreditamos que o nosso País não seria aceitado por Madrid ainda se tornando castelhano... e inclusivamente haveria galegos que continuariam a não querer ser galegos mas uma sorte de "madrilegos" mutantes. Chegamos a pensar que ainda estando dentro da Espanha não se quer a prosperidade de Galiza embora isso suponha prosperidade para Espanha. Madrid e com ele os “madrilegos”, não estão interessados nem em fazer mais próspera e mais habitável a sua Espanha porque não querem ver próspera e auto-identificada a Galiza que poderia fornecer elementos de progresso e de crescimento -entre eles o da língua- ao próprio Estado...O que quer Madrid e os “madrilegos” é uma Galiza submissa ainda que com isso Espanha se tornar mais pobre.
Se a Espanha fosse positiva connosco, mesmo poderíamos pensar numa Espanha plurinacional, como plurinacional é a Suíça, por exemplo. Mas acreditar nisso é como acreditar na bondade do diabo. Os galegos conscientes devemos contar com estratégias inteligentes para impedir que se nos apague como povo. A língua neste processo é um elemento identitário fundamental. A língua é a nossa Capela Sixtina e não só do ponto de vista estético, mas igualmente do ponto de vista geo-estratégico e económico. Ela dá-nos força e empodera-nos. Da-nos raiz e arraigo com o qual não estaríamos nunca nem entangaranhados nem raquiticos mentais. Sem língua somos simplesmente uns ninguéns embora com língua podemos inclusivamente dar-lhe a volta ao sistema de forças da península. Se não nos querem, queiramo-nos nós e demostremos o que eles perdem por não nos aceitarem como somos. A auto-estima é contagiosa se com galegos tratamos e por se fosse pouco ela provoca respeito nos que não são galegos e sentimentos contraditórios nos "madrilegos". É uma energia poderosa que nos abre portas e nos posiciona ali onde nunca devimos deixar de estar.





domingo, 27 de maio de 2012

Entrevista à Doutora Maria de Fátima Figueiredo



Equipa do DTS (Desperta do Teu Sono)  
Câmara: José Goris
Apresentaçao: José Manuel Barbosa

Os passados 5 e 6 de Junho deste ano celebramos em Pitões das Júnias (Montalegre-Portugal) como é sabido, as Jornadas das Letras Galego-Portuguesas. Tivemos a grande sorte de estarmos com pessoas comprometidas com a Galiza, com Portugal e com o mundo lusófono e céltico, esses dous mundos dos quais a Galiza faz parte por direito próprio e por matriz. O recital, a estadia na casa do Padre Fontes e as paletras na sala da Junta da Freguesia de Pitões ficaram na nossa memória com muito prazer e com muita vontade de repetirmos mais outra vez o ano que bem. Tudo isto ficou dito e ficou na rede, como uma gravação na pedra com letras inscritas para perdurarem no tempo, como se forem algum dos nossos petróglifos que desde o Calcolítico estão aí para nos lembrarem que somos o que somos, e somos de quem somos.

As pessoas que tivemos connosco para que os ecos da nossa etnogénese flutuassem no ar foram a Doutora Maria de Fátima Santos Duarte Figueiredo, David Outeiro Fernandes e a Professora Doutora Blanca Garcia Fernández-Albalat . Eles falaram e ensinaram-nos desde o seu saber e desde o seu amor a esta terra granítica que nos pariu; eles desfrutaram connosco da beleza sem igual dessa aldeia da montanha barrosã num fim de semana memorável e lindo. Os temas foram vários, mas tivemos também a honra e a sorte de podermos conversar  em entrevista concedidas para este blogue com cada um/a delxs sobre todo aquilo que nos mobiliza...assim a apreendizagem foi acrescentada.

Nas próximas semanas teremos connosco a entrevista com o nosso querido e popular Padre António Lourenço Fontes, feita a sexta-feira dia 13 de Abril; teremos posteriormente a entrevista a  Blanca G. Fernández-Albalat, autoridade no que diz respeito ao mundo celto-galaico, valente nas suas opiniões e insubmissa a respeito do pensamento plano anti-celtista fornecido pelas Universidades. Finalmente incluiremos a entrevista a uma promessa de futuro, a um grande em potência: ao nosso amigo e jovem David  Outeiro que tem colaborado connosco neste “DTS” e a que lhe devemos muito do nosso sucesso.

A dia de hoje temos a primeira entrevista. Também a primeira palestrante das Jornadas. Ela é a Doutora Maria de Fátima Figueiredo. Mora e ministra aulas de Língua em Santarém e é uma pessoa que leva a Galiza no coração e as origens do seu Portugal amado. A sua ligação à Galiza vem-lhe de muito cedo e acredita na ideia de que como portuguesa e descendente de galegos há uma responsabilidade moral por parte de Portugal de recuperar a memória histórica, ancestral, originária e galaica no ensino, na formação e no (in)consciênte coletivo dos portugueses e portuguesas tanto no que diz respeito do conhecimento da História da Galiza como do vínculo linguístico comum. A entrevista foi feita na Sala que a Junta da Freguesia nos deixou para as Jornadas. Graças ao seu apoio isto foi possível. Obrigado.




 


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