sábado, 28 de setembro de 2013

Obrigado!!




ULTRAPASSAMOS AS 100.000 VISITAS.

OBRIGADO!!!


Queremos agradecer a todos os amigos e seguidores do DTS a sua fidelidade e o seu interesse por esta nossa página. São já três anos nos que o nosso blogue está tentando fazer acordar do sono a todos aqueles que quiserem ser despertados. O nosso agradecimento é máximo, a nossa vontade de continuar está viva e a nossa alegria por termos a felicidade de ter feito com certa eficácia o nosso labor consciencializador e transmissor daqueles elementos relacionados com a nossa língua, com a nossa história história e com o nosso povo que são menos conhecidos, ignorados, ocultados, manipulados ou simplesmente censurados. Obrigado a todos! De agora em adiante começamos uma nova etapa. Vamos pelos 200.000!!!


Um forte abraço.


A equipa do DTS

domingo, 22 de setembro de 2013

Roteiro pela Gallaecia Sueva. Braga

Pela Equipa do DTS:
  
Em Facebook
O sábado 12 de Outubro o DTS juntamente com o Ateneu de Ourense organizam uma viagem-roteiro a Braga Sueva com o fim de visitar lugares emblemáticas deste etapa histórica na que a cidade bracarense foi a Capital da Galiza. O programa e os lugares a visitar sao os seguintes:



Programa (Em hora Oficial Portuguesa. Mais uma hora no Reino)

10:00: Combinacao de toda a turma na Estacao de Caminhos de Ferro de Braga.
10:30: Visita a igreja sueva de Sao Frutuoso de Montélios
10:50: Visita ao Túmulo de Sao Martinho de Dume
11:15: Visita a fonte do Idolo ( +\- 2€)
11:45: Visita ao Museu Diogo de Sousa de Braga (+\- 3,50€)
13:00: Visita a Santa Marta das Corticas (Restos do Palácio Real Suevo)
13:30: Comida em Santa Marta das Corticas no palácio Real Suevo
15:45 Visita ao Castro de Briteiros ( +\- 3€)
17:30: Visita ao museu Morais Sarmento, Briteiros

Cada um leva a sua comida. Preparados para andar um bocadinho por isso levamos roupa e sapatilhas adequadas. Preparados para a chuva...

Organizacao:
barbosa_gz@hotmail.com
0034 637-48.47.33



domingo, 15 de setembro de 2013

Crónica do Roteiro pelas Origens de Ourense





Equipa do DTS:

O passado dia 6 de Agosto, o DTS organizou juntamente com o Ateneu de Ourense um roteiro pela cidade das Burgas com o nome de “Roteiro pelas Origens de Ourense”. O público respondeu muito bem à convocatória com uma assistência de aproximadamente umas setenta pessoas que muito atentas atenderam às informações fornecidas por nós.

A combinação inicial fez-se na atualmente (mal) chamada (e mal escrita) “Praza Maior” que nós denominaremos de hoje para sempre com o seu nome tradicional de “Praça do Campo” onde está situada a Câmara Municipal ou Casa do Concelho. A escadaria da Igreja de Santa Maria Madre foi o lugar mais acaído desde onde começamos a indicar o objetivo do roteiro, o caráter do mesmo e os lugares pelos que iríamos passear, sempre tendo em conta que esta atividade não era um roteiro pelo Ourense artístico, que bem poderia ser pela grande quantidade de elementos arquitetónicos de grande valor da cidade, mas um roteiro histórico onde falaríamos dos lugares onde nasceu a cidade de Ourense e desde onde se desenvolveu no transcurso dos séculos.

O primeiro local que visitamos foi o das Burgas, onde saim as famosas águas quentes da cidade ao pé da Via Romana que unia Braga com Lugo, as duas capitais da antiga Gallaecia ocidental. Visitamos a Praça do Campo (atualmente “Praza Maior”) onde há quem supõe um assentamento campamental romano cujo Pretório era o que atualmente é o Museu de Ourense, fechado ao público e quase sequestrado desde há mais de doze anos, local onde deverião estar um importante número de peças históricas e artísticas provenientes dos castros mais importantes da região ourensana.

Falamos do Ourense romano para continuarmos com o Ourense suevo, capital do Reino da Galiza na etapa final desse período germânico e desde onde se levou a cabo a segunda conversão ao catolicismo da Galiza da mão do Rei Carriarico, quem querendo salvar ao seu filho da lepra fez oferenda ao São Martinho de Tours para conseguir a sua curação. Uma vez conseguida esta o agradecimento manifestou-se com o levantamento duma Catedral na sua honra onde hoje está a Igreja de Santa Maria Madre convertendo Ourense numa Sé episcopal de grande importância dentro do Reino. A chegada dos razzias andalusis e viquingues destruíram a velha Catedral que não pôde ser reconstruída até que o Bispo Recímero a partir de 1085 tem capacidade para poder fazê-lo a uns metros de distância da antiga.

Como o assunto tratava das Origens de Ourense, nós ficamos aí, mas com o intuito de continuar com novos roteiros históricos nos que possamos conhecer o transcurso e as vicissitudes da nossa cidade através da história. Foi pedido e no seu dia faremos.

Obrigado a todos e a todas.


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Catalunha-Valência e Galiza-Portugal....




Por José Manuel Barbosa

Vendo o video que apresentamos, ocorrem-se-nos algumas cousas que indicamos a seguir:


1-Defensores da ideia de galego e portugues serem duas línguas diferentes, há na Galiza. Essa gente está apoiada pelo partido que tem nas suas maos o poder político, mas também pelos que exercem a oposicao e ainda por muitos que se dizem nacionalistas... Em tempos eram muito agressivos... hoje sao muito mais calmos porque nestes últimos 30 anos os reintegracionistas levamos trabalhando muito com paciencia, fazendo-nos perceber apesar da falta de informacao, contra um ensino que deforma, contra a falta de democracia real existente no nosso ambito político... por isso somos mais aceites e por ser a maldade da praxe política linguística do poder muito evidente...


2-Associações "blaveras" como a que nos apresenta o vídeo também há ou parecidas. A diferença entre elas é que "Lo Rat Penat" defende o "valenciano" como língua diferente mas a "GB" defende simplesmente a morte do galego e a supremacia social, legal e política do castelhano.
3-O racismo antigalego também é real em territórios muito vinculados a nós como é a Astúrias. Quando por termos pertencido ao mesmo espaco histórico-político e geo-estratégico deverião e deveríamos sentir um vínculo maior. Nisso nós compararmo-nos-iamos aos catalães. Nós pessoalmente temos vivido situações de desrespeito, de maldade, de acosso e de racismo em Astúrias da mesma forma que muitos catalães sentem em Valência. Por outra parte o sentimento de racismo anti-português também se deixa sentir em determinados elementos da sociedade embora neste caso essa realidade tende a desaparecer. Quando eu era neno ou mesmo adolescente entre certa classe de pessoas a palavra "português" era insultuosa... Hoje essa palavra não se usa embora o galego se aproximar ao português seja um descrédito e um desmerecimento.
4-A fundamental diferença é que a Catalunha tem consciência e conhecimento de que Valência é parte cultural e historicamente política do seu pais.... cousa que Portugal não tem na mesma medida com respeito à Galiza. Catalunha luta por uma Valência próxima mas Portugal não luta por uma Galiza próxima ainda tendo um Estado independente que não exerce a sua independência. Outra cousa é o povo português grande prejudicado pela situação, igual do que o povo galego. O Estado português não merece o grande povo que tem... Outra diferença é que os média catalães apresentam ao povo catalão um conflito real que apresenta um problema existente em Valência com a língua comum a ambos povos duma visão sociolinguística que visa compreender a realidade, com amor, proximidade, perplexidade e com a vontade de que isso não deveria acontecer, mas o tratamento que Portugal (não) faz, não é pedagógica na mesma medida com o mesmo problema na Galiza. A causa pela qual Portugal não age na mesma medida pensamos que é por submissão e medo real de Lisboa a Madrid. Portugal tem a sua independência desde há mais de 800 anos e poderia agir livremente, não faz isso... mas a Catalunha que ainda não conquistou a sua independência age de forma mais livre, independente e mesmo digna do que o Estado Português. Insisto em que outra cousa diferente é certa inteletualidade portuguesa positiva com a Galiza ou o próprio povo português que quando toma contato com a realidade galega desseguida sente a solidariedade e a irmandade obrigada e necessária nestes casos... exceto alguns personagens com deficiências educativas ou inteletuais que também por sentimento de inferioridade gritam "Viva Madrid" ou apoiam infelizmente o iberismo como solução para o seu país.
5-No Reino há um tratamento racista contra os galegos. Para os nacionalistas espanhóis mais conservadores, (não incluo os "gallegos" evidentemente),  os galegos são parvos porque são humildes e trabalhadores mas também faltos de inteligência, defetuosos de raiz, ambíguos, faltos de sinceridade, tontos e submissos... Se os espanhóis são de pensamento político "progressista" ou de "esquerda" também para eles os galegos são parvos por apoiarem um governo tão evidentemente anti-galego e mesmo chegaríamos a partilhar o resto das "qualidades" caraterológicas que se nos atribui. No entanto não conheco semelhante tratamento contra os valencianos. Eles não são parvos para o indivíduo "cañí" de nenhum ponto de vista... apesar de terem o mesmo poder assentado no Pais Valenciano e nas mesmas condições políticas desde há quase o mesmo tempo do que na Galiza, apesar de o povo sofrer as mesmas doenças socio-psicológicas de auto-ódio, de falta de identificação com o seu ser histórico, geo-estratégico, linguístico, cultural e étnico, por não falar da realidade corruta e caciquil do seu poder político apoiado por um eleitorado de inteligência similar e com um mesmo grau irresponsabilidade.

6-Se o assunto é tão similar é que está cozido na mesma cozinha...Onde está essa cozinha? Em Compostela? Na cidade de Valência? Achamos que não. Achamos que está em Madrid... e a gente que sofre este tipo de experimentos psico-sociológicos que visam destruir uma realidade nacional como a galega ou a valenciana são gente mentalmente debil que nem tem consciência, nem quer saber, nem leva o esforço de pensar..



domingo, 1 de setembro de 2013

O auto-ódio, a ignorância e o não saber por onde andamos



Por José Manuel Barbosa


Tinha eu uma aluna em Moinhos, filha dum emigrante galego em Madrid. O pai (nem a mãe) desta nena não ve(m) a necessidade de lhe transmitir(em) à sua filha um valor tão importante para o equilíbrio psicológico da rapariga como é o sentimento de pertença a um grupo humano determinado como é o povo galego, porque o sentimento de arreigo não dá comer...ou pelo menos isso é no que acredita(m). Se a isto acrescentamos que nem nas escolas da Galiza isto se ensina, pois estas estão para deformar, não para formar nem para informar....temos o quadro feito.

  • Donde é o teu pai, minha nena? -Perguntei para ter conhecimento saído das minhas necessidades laborais-.
  • O meu pai trabalha em Madrid -Disse-me ela-.
  • Sim, mas é de Madrid ou está em Madrid? -Insisti-.
  • O meu pai não é de Madrid, mas trabalha em Madrid -tentou evadir-
  • Onde nasceu? -teimei-
  • Nasceu na Franç


Eu estava a ver que aquela conversa não me dava a informação requerida, pelo que fiz a pergunta doutro jeito...
  • Como é que se chama o teu pai?
Ela deu-me o nome do seu pai com dous nomes de família galeguíssimos sem qualquer dúvida e respondi:
  • Esse nome que me das não é um nome francês...
A nena tentando evitar informar-me da realidade de o seu pai não ser francês mas duma freguesia determinada do Concelho de Moinhos na Baixa Lima respondeu:
  • Mas ele é francês porque nasceu na Franca...
Finalmente deixei de inquirir e procurei a informação por outra via...

O objeto desta pequena estória, infelizmente real, é salientar a falta de autoestima evidente e tangível na nossa população. Se a isso acrescentamos manifestações públicas nos média do Reino como a de Rosa Díez no seu dia ou o do ex-Presidente castelhano-catalão da Generalitata de Catalunha, José Montilla; se observarmos como estão estendidos os grupos e grupúsculos que defendem a eliminação da nossa língua do nosso Pais; se vemos como um Conselheiro de Cultura dum governo galego solta com total tranquilidade mas também com total impunidade que “a cultura galega limita e é um obstáculo para o desenvolvimento da Galiza”... posso mesmo chegar a perceber que haja alguém tão inocente como uma rapariga de dez anos que diga o acima exposto e mesmo chego a perceber que haja quem mantenha a inclusão no dicionário da RAE do verbete “galego” como sinónimo de “parvo, tonto”...

Se a isto acrescentamos que a nena de hoje há de ser uma mulher de amanhã, teremos a equação que nos permita perceber a razão da existência de entidades associativas como a GB ou pessoal como os seus dirigentes.
Essa é a imagem que o Reino dá de nós e somos nós quem via escolar acertamos a introjetá-la e a acreditar mesmo que isso é assim inquestionavelmente.

Os responsáveis da RAE não vão mudar até que os façamos mudar por obriga e a minha aluna vai mudar se der com um professor que lhe fizer ver que as cousas não são assim. O pior é que não é fácil nem permitido transmitir a uma aluna a informação necessária com total liberdade, cousa que de o tentarmos teria um custo psicológico e laboral importante, pois o ambiente no ensino primário no que esta aluna estava no momento dessa entrevista, está muito enrarecido por haver pessoal mal formado, desinformado (também mal intencionado) e mesmo pessoal que acredita nisso mesmo, fazendo com que a transmissão pedagógica que recebe a nena seja aquilo que ela está a reproduzir comigo.

A aluna manifesta o que lhe ensinam na casa e na escola mas se na casa não se dá mais e na escola se reforça, o assunto torna-se difícil de solucionar. E se algum professorado é bom e conhecedor da fórmula para fazer dessa nena uma pessoa equilibrada psicológica e pessoalmente, com a autoestima necessária para ir pela vida valorizando o seu ser, outro professorado com o que ela conta resulta nefasto, transmissor de todos estes vícios quase medievais e ideologicamente próximo a um poder que legisla desde Madrid ou desde Santiago de Compostela para que o ensino funcione assim. Curiosamente este último tipo de professores sempre têm bastante poder nos centros de ensino, enquanto os primeiros quase nunca estão em postos de decissão e quase sempre acabam tendo problemas. Um que sabe disso algo...

Quem lhes ensinou o facto de que ser galego ou galega é pertencer a um povo cuja história em nada tem a invejar a outros povos poderosos e hegemônicos historicamente? Quem lhe disse que somos pertencentes a uma família de povos atlântica e céltica? Quem lhes contou que a Galiza foi a Califórnia de Roma? O primeiro Reino medieval da Europa? O primeiro Reino independente de Roma ainda existindo esta...Quer dizer, o povo que inaugurou a Idade Média! O que marcou o começo dessa idade histórica... A Galiza marcou a história medieval de Península Ibérica, o primeiro em celebrar umas Cortes parlamentares antecessoras do parlamentarismo democrático europeu, tal como o conhecemos hoje... Segundo a Professora da Universidade de Cambridge Evelyn Stefanos Propter no seu livro Curia and Cortes in León and Castile 1072-1295”. Foram em 1077 em Tui as primeiras Cortes da Europa, mas se nos referirmos ao que se transmite no ensino oficial do Reino, de ter sido Leao em 1088 também seria válida a afirmação, porque Leao naquela altura era a capital do Gallaeciense Regnum...
Foi a Galiza, o segundo Reino europeu medieval que levou a cabo uma revolução burguesa, as Revoluções Irmandinhas (1431-33 e 1467-69), muito antes do que a Revolução francesa (1789), antes do que a americana (1776), antes do que a inglesa (1642) e antes do que a holandesa (1568) e posterior as guerras Hussitas em Boêmia (1419); foi a Galiza considerada um dos tres imperios medievais, nomeadamente Bizancio, Sacro Império Romano Germanico e a Galiza; foi a Galiza uma das mais importantes potencias económicas da Idade Média; o primeiro território da Europa livre dos exércitos napoleónicos pelos seus próprios esforcos e sofrimentos, levando a Grande Armée em fugida livre por todo o norte da península até São Marcial da mão so General Freire de Andrade. Os exércitos galegos organizados pelos governo galego (Junta do Reino da Galiza sediada em Lobeira, Baixa Lima) independente de facto durante os anos da ocupação, tiveram de ser freados na perseguição aos franceses porque já chegaram a Gascunha...; Galiza tem a terceira língua da humanidade junto com o ingles e o espanhol e com licenca do mandarim (que nao é exatamente a língua de todos os chineses nem é falada por todos os Han)...
Bernaldo Gonçalves do Vale (Cachamoinha)

Tenha em conta o caro leitor que os povos dominantes sempre destilam racismos, isto tão feio e cruel mas há que dizer que o planeta está chefiado entre outros por povos atlanticos, celtas e germanicos que desprezam e odeiam os mediterraneos pior considerados na Europa, mas eis a contradição e o paradoxo, pois a Espanha mediterrânea despreza e manifesta esse racismo com os povos atlanticos e célticos da península Hespérica (nego-me a denominá-la Ibérica).

Por toda essa história que os galegos temos atrás de Nós deveríamos sentir a autoestima suficiente para nos amarmos como somos e como fomos, com capacidade de podermos ser no futuro algo similar...mas nada disto se ensina nas escolas nem se transmite as nossas criancas. Por isso a minha aluna sente auto-ódio e não quer ser galega.
Podemos procurar as causas desta situação para podermos “curar” o problema. Como é evidente a nossa gentinha do comum tem muitas cousas das que se preocupar e que fazer no seu dia-a-dia para chegar a tão filosóficas conclusões. Esse é o trabalho dos nossos dirigentes políticos que são os que nos guiam e quem nos chefiam. Vamos atrás dos chefes da manada seguindo os nossos comportamentos ancestrais e biológicos mas se os chefes são uma greia de inúteis no melhor dos casos ou uma banda de delinquentes no pior, será melhor que pensemos muito bem o que estamos a fazer escolhendo-os como guias para conseguirmos um futuro promissor.



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...